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Guardiola Confidencial - Marti Perarnau-1

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isso prefere manter um grupo reduzido, com quinze ou dezesseis jogadores que<br />

possam ser titulares. É uma característica muito própria de Pep, o que não<br />

significa que seja uma virtude. Nos quatro anos com o Barça, foram muitas as<br />

improvisações quando faltou elenco. É verdade que a maioria delas funcionou,<br />

como nas duas finais da Champions com a defesa remendada, mas não<br />

deixaram de ser momentos delicados. <strong>Guardiola</strong> e sua comissão técnica<br />

preferem o elenco enxuto, porque um número maior de atletas não é garantia<br />

contra incidentes: mesmo com 25 jogadores da mesma categoria, talvez também<br />

fosse preciso improvisar. De qualquer forma, sendo um defeito ou não, <strong>Guardiola</strong><br />

só se sente à vontade no comando de grupos reduzidos. Hoje mesmo, no Bayern,<br />

ele reflete sobre o assunto: “Não sei onde porei todos eles quando chegarem os<br />

da Copa das Confederações [Javi Martínez, Dante, Luiz Gustavo], além de Götze,<br />

Schweinsteiger…”.<br />

A verdade é que a negociação para a transferência de Luiz Gustavo já está<br />

encaminhada, mas ainda assim Pep pensa e repensa as possíveis combinações.<br />

No papel, não há espaço para todos, muito embora a realidade vá se encarregar<br />

de mudar suas preocupações. Quando as lesões começarem, o problema de<br />

<strong>Guardiola</strong> não será onde colocar os atletas, mas como montar um time<br />

competitivo. De fato, Pep logo terá que resolver verdadeiros quebra-cabeças<br />

para escalar a equipe, já que nem uma vez sequer em 2013 contará com todos os<br />

jogadores ao mesmo tempo. É o ponto negativo de comandar um elenco<br />

pequeno.<br />

Encerrado o treinamento, uma imagem chama a atenção de <strong>Guardiola</strong> e seus<br />

assistentes. Como se fossem dois amigos de infância, Ribéry e Robben continuam<br />

batendo bola juntos, alheios a tudo, como se estivessem na praia trocando passes.<br />

Muitos lembram que poucos meses antes, na primavera de 2012, os dois se<br />

engalfinharam no vestiário da Allianz Arena durante um Bayern × Real Madrid<br />

na Champions. Agora, dão gargalhadas juntos no gramado. Como as coisas<br />

mudam no futebol!<br />

O técnico e Manel Estiarte, seu braço direito, entram então numa discussão<br />

sobre quais foram os melhores momentos do Barça nos últimos anos. Para<br />

Estiarte, os pontos mais altos foram “o primeiro tempo contra o Arsenal no<br />

Emirates Stadium [31 de março de 2010, 2 a 2] e o primeiro tempo contra o<br />

Chelsea em Stamford Bridge nas semifinais da Champions de 2012. Nunca<br />

jogamos melhor que naqueles dias”. <strong>Guardiola</strong> discorda: “A partida contra o<br />

Chelsea foi fabulosa, mas acho que jogamos melhor na final do Mundial de<br />

Clubes contra o Santos. Aquele foi o nosso auge”.<br />

À tarde, o Bayern mostrará pernas pesadas diante do Brescia, equipe da Série<br />

b italiana. O treino matinal, somado às inúmeras sessões nos dias anteriores,<br />

impede que o jogo tenha fluência. <strong>Guardiola</strong> começa com a melhor escalação

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