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Guardiola Confidencial - Marti Perarnau-1

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<strong>Guardiola</strong> dedicou a manhã e a tarde a explicá-los aos jogadores. Primeiro,<br />

revisaram os lances de bola parada do time inglês. No ataque e na defesa. Em<br />

vídeo e no campo. O técnico insistiu em um ponto: em Old Trafford, o United só<br />

tivera duas chances de perigo real, a do gol de Vidić em um escanteio e o mano a<br />

mano de Welbeck com Neuer. O objetivo foi estabelecido desde o primeiro<br />

momento: defender-se melhor nas bolas paradas e conceder ainda menos<br />

chances perigosas que na ida.<br />

Na segunda-feira, o elenco já intuía quem seriam os onze escolhidos. As<br />

ausências por cartão de Javi Martínez e Schweinsteiger, e por lesão de Thiago<br />

(que continuava em Barcelona, tratando do joelho com fatores de crescimento<br />

na clínica do dr. Cugat), reduziam muito as possibilidades. Mas o que os jogadores<br />

não imaginavam era a proposta concreta de jogo que <strong>Guardiola</strong> explicou na<br />

terça-feira, depois da refeição. “Nós nos posicionaremos em um 2-3-3-2”, lhes<br />

disse o técnico.<br />

Os jogadores gostaram. Em seguida, ele anunciou a escalação. Jogariam<br />

Neuer; Boateng, Dante; Lahm, Kroos, Alaba; Robben, Götze, Ribéry ; Müller e<br />

Mandžukić. Não só revelou os onze titulares, mas a forma especial em que<br />

pensara posicioná-los no campo, com uma formação de quatro linhas bem<br />

diferenciadas.<br />

Como era previsível que a equipe passaria 75 por cento do tempo atacando, no<br />

campo adversário, o técnico queria que a linha defensiva fosse formada<br />

unicamente pelos dois zagueiros, e que os dois laterais se colocassem no meio de<br />

campo ao lado de Kroos. Falou com Lahm, o capitão, e detalhou o que esperava<br />

dele. Ainda que pudesse parecer pela escalação, não queria que ele jogasse<br />

como lateral, mas como meio-campista, em uma linha de três junto de Kroos e<br />

Alaba. Além disso, como Kroos tem a tendência de cair para a esquerda, Lahm<br />

acabaria se deslocando para o eixo central, como autêntico volante, e Alaba<br />

avançaria um pouco mais, à esquerda. Claro, na fase defensiva, os dois laterais<br />

tinham que retomar o posicionamento tradicional, formando uma linha de quatro<br />

zagueiros.<br />

À frente dos três meios-campistas estaria Mario Götze, com total liberdade de<br />

movimentos. Na fase de construção do jogo, Götze deveria ser o vértice superior<br />

de um losango; na fase de conclusão, seria mais um finalizador na área. Era o<br />

homem-chave junto com Lahm, Kroos e Alaba: <strong>Guardiola</strong> iria reunir no meio de<br />

campo os jogadores mais confiáveis no passe.<br />

Robben e Ribéry tinham que jogar muito abertos nos lados do campo. Da linha<br />

intermediária para a frente, todo o espaço de fora seria deles: “Arjen e Franck:<br />

vocês jogarão como pontas-laterais. Terão que voltar ao meio de campo para<br />

pegar a bola e levá-la pelos lados. Amanhã, a responsabilidade será toda de<br />

vocês porque os laterais vão atuar como meios-campistas”.

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