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Guardiola Confidencial - Marti Perarnau-1

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exibia falhas importantes. Aos trinta anos, alcançou um ótimo ponto de equilíbrio<br />

e pode tanto protagonizar um lance fantástico como liderar o pressing exercido<br />

pelo Bay ern, forçando o adversário a cair em uma armadilha fatal. <strong>Guardiola</strong><br />

comemorará sua exibição com um abraço surpreendente no holandês.<br />

Aos nove minutos do segundo tempo, Schweinsteiger dispara desde o meio do<br />

campo, Cazorla não o acompanha e o alemão chega a tempo ao miolo da área<br />

para arrematar um cruzamento de Ribéry e abrir o marcador. Dois minutos<br />

depois o Arsenal empata, mas nada mais acontece. O Bay ern não jogou uma<br />

partida brilhante, mas manteve o controle e a eliminatória esteve nas suas mãos<br />

durante 173 dos seus 180 minutos: só fraquejou no início do jogo de ida, até que<br />

Neuer defendeu o pênalti de Özil. A eliminatória se encerra da mesma maneira<br />

que começou: Fabianski defende um pênalti batido por Müller, o que evita o<br />

triunfo alemão na partida de volta.<br />

<strong>Guardiola</strong> está eufórico. Ainda que no dia seguinte surjam analistas que falem<br />

de um Bayern regular, o técnico está mais feliz do que nunca. Alcançou as<br />

quartas de final e isso significa que haverá novas oportunidades para chegar<br />

ainda mais longe na máxima competição europeia: “Eu queria controle e nós<br />

conseguimos. Chutamos mal a gol, concordo, mas controlamos o jogo e era isso<br />

que eu queria. Sei que em Munique todos gostam muito de atacar e correr o<br />

tempo todo, mas o jogo exigia o inverso. Com o 2 a 0 da ida não era inteligente<br />

expor-se correndo demais. O.k., não tivemos fluidez no meio de campo, mas<br />

fizemos o jogo que tinha que ser feito”, explica.<br />

Às dez da manhã do dia seguinte ele já reviu o jogo e expressa sua mescla<br />

bem particular de alegria pelo triunfo e autocrítica pelos erros cometidos:<br />

“Cometemos um erro que foi deixar no mesmo corredor o nosso lateral e o nosso<br />

ponta. Lahm e Robben em um lado e Alaba e Ribéry no outro. Estavam no<br />

mesmo eixo e isso nos tirou a superioridade. É muito importante que não se<br />

anulem. Se os pontas estão abertos, os laterais têm que estar por dentro ou o<br />

contrário”.<br />

Como sempre, depois de um jogo, ele já maquina novas soluções: “Os laterais<br />

precisam se posicionar como se fossem meias, de modo que Götze possa se<br />

mover livremente por onde quiser. Mas os laterais têm que estar por dentro.<br />

Quando nosso ponta entra, o lateral deve abrir, e com Götze o time consegue<br />

superioridade. Mas ao atuarem alinhados, o lateral ficava atrás do ponta e tudo<br />

sempre acabava no um contra um, sem nenhuma superioridade. Temos que<br />

corrigir isso…”.<br />

Nessa manhã luminosa em que a alegria inunda Säbener Straβe, <strong>Guardiola</strong><br />

toma outra decisão: Ribéry e Götze não estão em perfeita forma e precisam de<br />

uma pequena pré-temporada. Nas três semanas seguintes, Lorenzo Buenaventura<br />

trabalhará especialmente com eles para que estejam no ponto para o dia 1°- de

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