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Guardiola Confidencial - Marti Perarnau-1

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aspectos e piora em outros. Em resumo, evolui. No geral, evolui de forma<br />

diferente do que se esperava. Nunca é como você imaginou que seria.<br />

De qualquer forma, Javi Martínez e Dante não estão na concentração no<br />

Trentino; o vice-capitão, Schweinsteiger, voltou a Munique para acelerar o<br />

tratamento do tornozelo; e Götze, mesmo passados dois meses e meio de sua<br />

lesão na coxa, só pode se exercitar na bicicleta ergométrica. Robben treinou<br />

apenas uma vez e Thiago ainda não foi contratado pelo Bay ern. Se alguma vez<br />

sonhou com um time titular indiscutível, agora Pep está muito distante dessa<br />

equipe e já se pergunta se Thiago chegará a tempo para a final da Supercopa em<br />

Dortmund, ou se precisará usar o jovem Højbjerg contra as “cobras criadas” do<br />

Borussia.<br />

Na concentração, Alaba, Van Buyten, Mandžukić, Shaqiri, Pizarro e,<br />

finalmente, Robben uniram-se ao grupo. Sete garotos da base retornaram a<br />

Munique após o convívio de dez dias com os mais velhos. <strong>Guardiola</strong> continua<br />

dedicando bastante tempo a conversas particulares: com Boateng, que demonstra<br />

excelente disposição para se aperfeiçoar e progredir; com Neuer, em quem<br />

deposita uma confiança cega; com Toni Kroos, seu alter ego dentro de campo<br />

desde o primeiro dia; com Lahm, cuja inteligência tática surpreenderá o<br />

treinador; e, claro, com Højbjerg. Pep dá verdadeiras aulas ao garoto para que<br />

aprenda o jogo de posição e saiba avançar e encontrar as linhas de passe,<br />

levando o time à frente. Decidiu protegê-lo, porque viu no dinamarquês um<br />

projeto de grande jogador.<br />

Nessa tarde de domingo em Arco, a parte principal do treinamento é uma<br />

partida de quarenta minutos que possui dois objetivos: melhorar a pressão<br />

exercida pelos atacantes e aperfeiçoar a cooperação entre os demais jogadores<br />

quando o time todo pressiona o adversário. Para atingir o primeiro objetivo,<br />

Mandžukić e Müller marcam agressivamente os zagueiros rivais até encurralá-los<br />

em um dos lados do campo, enquanto Ribéry ou Shaqiri vêm em seu apoio.<br />

<strong>Guardiola</strong> fica satisfeito novamente com o esforço: “São animais famintos<br />

quando fazem pressão. Você diz ao Müller para correr quarenta metros em<br />

diagonal até a lateral e ele vai a todo gás, volta lá atrás e repete o movimento<br />

cem vezes se for preciso”. Mas Pep também pondera que uma pressão tão<br />

intensa sobre a defesa adversária não será habitual: “Faremos essa pressão<br />

poucas vezes na temporada, contra times como o Barça e alguns outros. O<br />

restante das equipes, na terceira vez que pressionarmos a saída, passará a dar<br />

chutões. Vamos receber a bola de presente e ter que trabalhar outros aspectos<br />

para evitar os contra-ataques e o perigo da segunda bola”.<br />

Apesar de se tratar de um recurso empregado em poucas ocasiões, Lorenzo<br />

Buenaventura nos explica por que <strong>Guardiola</strong> o pratica tão minuciosamente: “Ele<br />

se preocupa em cobrir todos os cenários possíveis. Mesmo sabendo que alguns

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