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“La gestión de recursos: Sustentabilidad y ética” XI ... - nemac

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1. INTRODUÇAO<br />

As questões ambientais vêm ganhando maior relevância nos últimos anos,<br />

especialmente em função <strong>de</strong> indicadores que apontam para uma aceleração do<br />

aquecimento global, exaustão <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> naturais não renováveis, <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong> solos<br />

agricultáveis e contaminação <strong>de</strong> mananciais. A socieda<strong>de</strong> civil organizada tem ampliado<br />

a vigilância sobre empresas que contribuem para que esse estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação se<br />

verifique, cobrando uma participação proativa da iniciativa privada e do governo em<br />

busca <strong>de</strong> melhorias.<br />

Essa mudança <strong>de</strong> enfoque é significativa haja vista que, no passado, empresas<br />

focadas no aumento da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus produtos e na redução <strong>de</strong> custos <strong>de</strong>ram pouca<br />

atenção às questões ambientais. Quando essas <strong>de</strong>mandas tornaram-se prementes, seja<br />

em como resultado <strong>de</strong> pressões exercidas pela socieda<strong>de</strong> ou em razão <strong>de</strong> leis e<br />

regulamentos mais rígidos, essas empresas acreditavam que po<strong>de</strong>riam reduzir seu<br />

impacto ambiental e os custos ao mesmo tempo. Mas essa perspectiva não se<br />

<strong>de</strong>senvolveu conforme o previsto, pois na medida em que elas passaram a reduzir as<br />

<strong>de</strong>scargas <strong>de</strong> resíduos, verificaram um aumento dos custos, o que po<strong>de</strong>ria reduzir sua<br />

competitivida<strong>de</strong> (MATTHEWS & LAVE, 2003). Isso fez com que muitas empresas<br />

passassem a consi<strong>de</strong>rar a questão ambiental exclusivamente como mais um custo,<br />

levando-as a cumprirem apenas o que <strong>de</strong>termina a legislação (WEE & QUAZI, 2005).<br />

Essa forma <strong>de</strong> agir faz com que os impactos sociais <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s<br />

sejam igualmente <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rados, relativizados ou minimizados.<br />

Além dos aspectos éticos envolvidos com a preservação do meio ambiente, a<br />

poluição – em suas diversas formas – consome <strong>recursos</strong> econômicos <strong>de</strong> um país, os<br />

quais po<strong>de</strong>riam ser utilizados em projetos sociais. Esse impacto é avaliado por trabalhos<br />

como Seroa da Motta (2002), que analisa os custos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> associados à poluição da<br />

água e do ar no Brasil. Huber et alii (1996), por sua vez, mostram os custos para a saú<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>correntes da poluição urbana em países da América Latina e Caribe. A <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong><br />

<strong>recursos</strong> hídricos e suas conseqüências ao bem-estar das populações são analisadas por<br />

Moraes e Jordão (2002), que alertam que o déficit <strong>de</strong> água leva a uma queda na<br />

produção <strong>de</strong> alimentos, gerando tensões sociais e políticas.<br />

Mesmo consi<strong>de</strong>rando as dificulda<strong>de</strong>s das empresas em <strong>de</strong>senvolverem ou<br />

utilizarem processos e matérias-primas ambientalmente corretos, fica <strong>de</strong>monstrado que a<br />

poluição gera custos sociais e econômicos que, em última análise, prejudicam diversos<br />

setores da socieda<strong>de</strong>. É importante lembrar que “...as empresas consomem <strong>recursos</strong> da<br />

socieda<strong>de</strong>, renováveis ou não, mas que são patrimônio gratuito e coletivo da<br />

humanida<strong>de</strong>...”.Em razão disso, elas <strong>de</strong>vem ter o compromisso <strong>de</strong> “...restituir à socieda<strong>de</strong><br />

o que <strong>de</strong>la é absorvido, por meio <strong>de</strong> investimentos na área social e no meio ambiente”<br />

(REIS, 2007 p. 282). Dentro <strong>de</strong>sse contexto, Veraszto et alii (2007) alertam para a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que a produção tecnológica leve em consi<strong>de</strong>ração aspectos morais e<br />

avalie as reais <strong>de</strong>mandas da socieda<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>rando que a geração <strong>de</strong> novas<br />

tecnologias limpas torna-se um <strong>de</strong>safio.<br />

Enquanto algumas empresas apreciam a questão ambiental como um custo que<br />

acaba por onerar seus preços ou reduzir seu <strong>de</strong>sempenho financeiro, há aquelas que<br />

avaliam isso como uma oportunida<strong>de</strong> para melhorar seus processos, diminuindo o<br />

<strong>de</strong>sperdício e ampliando sua competitivida<strong>de</strong>. Rao & Rolt (2005) consi<strong>de</strong>ram que as<br />

organizações que minimizam os impactos ambientais <strong>de</strong> seus produtos e processos,<br />

reciclam resíduos pós-consumo e estabelecem sistemas <strong>de</strong> gestão ambiental estão<br />

melhor preparadas para expandirem seus mercados, afastando concorrentes com baixa<br />

performance ambiental. Rattner (1999. p. 238) pon<strong>de</strong>ra que “O uso racional <strong>de</strong> <strong>recursos</strong><br />

escassos vai exigir produtos e processos que estejam baseados na inovação,<br />

conservação e invenção <strong>de</strong> todos os tipos <strong>de</strong> produtos recicláveis e bio<strong>de</strong>gradáveis”.<br />

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