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“La gestión de recursos: Sustentabilidad y ética” XI ... - nemac

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2.2 Direcionadores <strong>de</strong> Custos para o ABC<br />

Os direcionadores <strong>de</strong> custos po<strong>de</strong>m ser conceituados <strong>de</strong> acordo com a<br />

abordagem utilizada. Uma <strong>de</strong>finição comum é consi<strong>de</strong>rar tais direcionadores como base<br />

para a avaliação do consumo dos <strong>recursos</strong>. Segundo Oliveira (1998, p. 74),<br />

direcionadores <strong>de</strong> custos são “parâmetros <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s por meio dos quais são<br />

i<strong>de</strong>ntificados e avaliados os <strong>recursos</strong> gastos na execução <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong>”. Por sua vez,<br />

Martins (2003, p. 96) <strong>de</strong>staca que o direcionador <strong>de</strong> custos “<strong>de</strong>ve ser o fator que<br />

<strong>de</strong>termina ou influencia a maneira como os produtos consomem (utilizam) as ativida<strong>de</strong>s”.<br />

Para Shank e Govindarajan (1995), a finalida<strong>de</strong> dos direcionadores <strong>de</strong> custos é medir o<br />

consumo médio <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> em cada ativida<strong>de</strong>, ou seja, atribuir os custos das ativida<strong>de</strong>s<br />

ao serviço prestado. Conforme sublinha Martins (1998, p. 103), o direcionador <strong>de</strong> custos<br />

é “o fator que <strong>de</strong>termina a ocorrência <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong>”. Assim, partindo-se do<br />

pressuposto <strong>de</strong> que os produtos consomem ativida<strong>de</strong>s, as quais, por sua vez, consomem<br />

<strong>recursos</strong>, os custos <strong>de</strong>verão ser i<strong>de</strong>ntificados e alocados às ativida<strong>de</strong>s por meio <strong>de</strong>sses<br />

direcionadores. Com relação à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> direcionadores <strong>de</strong> custos que <strong>de</strong>vem ser<br />

utilizados, Cooper (apud COGAN, 1997) afirma que tal medida se relaciona a fatores<br />

como o nível <strong>de</strong> exatidão que se preten<strong>de</strong> atingir nos custos dos serviços, bem como ao<br />

grau <strong>de</strong> diversificação <strong>de</strong>sses serviços, ao custo relativo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s diferentes e ao<br />

grau <strong>de</strong> diversificação do volume, <strong>de</strong>ntre outros.<br />

No caso <strong>de</strong>ste estudo, utilizou-se a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> direcionadores <strong>de</strong> custos<br />

segundo Gasparetto e Bornia (1999). Para esses autores, tais direcionadores são as<br />

bases utilizadas para a apropriação dos <strong>recursos</strong> consumidos nas ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>senvolvidas pela organização. Dessa forma, o sistema ABC opera em duas etapas. A<br />

primeira etapa consiste na alocação <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> consumidos em cada ativida<strong>de</strong><br />

(direcionadores <strong>de</strong> <strong>recursos</strong>), e a segunda etapa correspon<strong>de</strong> à alocação dos custos das<br />

ativida<strong>de</strong>s aos objetos que as consumiram (direcionadores <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s). Nesse sentido,<br />

para a implantação e a efetiva utilização do sistema ABC, a escolha dos direcionadores<br />

<strong>de</strong> custos torna-se um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio, <strong>de</strong>vido, principalmente, ao fato <strong>de</strong> que se<br />

estabelece como causa do consumo dos <strong>recursos</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s.<br />

Assim, as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem ser analisadas quanto à geração ou não <strong>de</strong> benefícios para a<br />

organização, mediante a análise do valor agregado (KAPLAN; COOPER, 1998; MAHER,<br />

2001). Tal análise possibilita mensurar a importância <strong>de</strong> cada ativida<strong>de</strong>, a fim <strong>de</strong> que<br />

sejam eliminadas aquelas que não geram benefícios, possibilitando o aumento <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> outras ativida<strong>de</strong>s.<br />

De acordo com Atkinson et al. (2000), os custos indiretos, no ABC, <strong>de</strong>vem ser<br />

primeiramente atribuídos às ativida<strong>de</strong>s e, em seguida, aos serviços que utilizam tais<br />

ativida<strong>de</strong>s. Sendo assim, os direcionadores <strong>de</strong> custos são utilizados para se conhecer<br />

“como” e “on<strong>de</strong>” as ativida<strong>de</strong>s são consumidas, ou seja, para a prestação <strong>de</strong> quais<br />

serviços essas ativida<strong>de</strong>s são <strong>de</strong>senvolvidas. Esses direcionadores, portanto, vinculam<br />

diretamente as ativida<strong>de</strong>s (e os custos das ativida<strong>de</strong>s) aos objetos <strong>de</strong> custos (serviços<br />

prestados) (RAIMUNDINI et al., 2006). Baker (1998) relata que o ABC reconhece a<br />

relação causal dos direcionadores <strong>de</strong> custos para os objetos <strong>de</strong> custos. Assim, segundo<br />

Maher (2001), <strong>de</strong>ve-se, primeiramente, consi<strong>de</strong>rar essa relação para <strong>de</strong>finir o<br />

direcionador <strong>de</strong> custos, ou seja, o direcionador com maior relação com a causa do<br />

consumo da ativida<strong>de</strong>. Em seguida, consi<strong>de</strong>ram-se os benefícios proporcionados, ou<br />

seja, a realização das ativida<strong>de</strong>s com base nos benefícios gerados, <strong>de</strong>ixando-se como<br />

última etapa o rateio. Quando a ativida<strong>de</strong> não po<strong>de</strong> ser associada ao objeto <strong>de</strong> custo por<br />

meio da relação causal e/ou benefícios gerados, <strong>de</strong>ve-se realizar uma atribuição (rateio)<br />

pru<strong>de</strong>nte, com base no serviço prestado (CHING, 1997).<br />

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