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“La gestión de recursos: Sustentabilidad y ética” XI ... - nemac

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possível, se esforça para reduzir sua utilização, pois como se sabe, existe um limite para<br />

o uso <strong>de</strong>sses <strong>recursos</strong>.<br />

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Conforme pô<strong>de</strong> ser observado na pesquisa, as ações <strong>de</strong> uma empresa em<br />

relação à responsabilida<strong>de</strong> social po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>terminantes para a sua sobrevivência. A<br />

socieda<strong>de</strong> exige das empresas um comportamento consciente sob pena <strong>de</strong> retaliações<br />

que po<strong>de</strong>m levar à perda <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>, aumento <strong>de</strong> custos e até mesmo uma<br />

antipatia com relação aos produtos produzidos. As empresas <strong>de</strong>vem então assumir,<br />

proativamente, sua responsabilida<strong>de</strong> pelos impactos causados ao meio ambiente,<br />

priorizando as questões ambientais em suas políticas <strong>de</strong> gestão.<br />

Com a análise dos dados da Si<strong>de</strong>rúrgica Minas Gerais percebe-se que, em<br />

relação aos <strong>recursos</strong> do Ativo Permanente Ambiental, a empresa estudada teve um<br />

acréscimo <strong>de</strong> 270% no período <strong>de</strong> 1999 a 2001, e a partir <strong>de</strong> 2002 houve uma redução<br />

significativa <strong>de</strong> investimentos que caíram <strong>de</strong> 0,465 para 0,098 (para cada cem reais <strong>de</strong><br />

Patrimônio Líquido), mesmo com o aumento do PL apresentado no mesmo período.<br />

Relacionando com os passivos ambientais contraídos, ou seja, o percentual <strong>de</strong><br />

Custos Ambientais em relação à Receita Líquida, é possível verificar que o índice do<br />

passivo ambiental vem caindo no <strong>de</strong>correr dos anos analisados, <strong>de</strong> 0,0045 em 2001 para<br />

0,0004 em 2005, <strong>de</strong>monstrando que, mesmo com o aumento do PL, a redução dos<br />

investimentos ambientais levou a uma redução do passivo ambiental.<br />

Vale ainda ressaltar que a relação entre os custos ambientais e o custo total <strong>de</strong><br />

produção sofreu uma gran<strong>de</strong> variação nos anos <strong>de</strong> 1999 a 2003, estabilizando nos anos<br />

<strong>de</strong> 2004 e 2005. Por sua vez, o custo ambiental sofreu um aumento no período <strong>de</strong> 1999 a<br />

2002, e um <strong>de</strong>créscimo no ano <strong>de</strong> 2002.<br />

Po<strong>de</strong>-se ainda reforçar que a empresa não apresentou em nenhum dos balanços<br />

analisados <strong>de</strong>talhamento contábil das contas analisadas, nem mensuração que levasse a<br />

respaldar o balanço social apresentado. Em sua essência não se encontra ainda<br />

nenhuma linha sintética ou mesmo analítica referente ao <strong>de</strong>monstrativo da gestão<br />

ambiental, o que se <strong>de</strong>ve à falta <strong>de</strong> regulamentação e padronização do balanço social no<br />

Brasil.<br />

É factível consi<strong>de</strong>rar que o balanço social apresentado, em que pese o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> algumas ações, não encontra respaldo nos indicadores financeiros e<br />

contábeis da empresa, configurando-se mais como uma ação <strong>de</strong> marketing.<br />

Nota-se ainda a falta <strong>de</strong> indicadores que norteiem a análise dos dados da<br />

empresa. Os investimentos em meio ambiente divulgados estão disponíveis, mas não é<br />

possível afirmar com clareza que as normas contábeis foram seguidas, dificultando a<br />

interpretação em relação aos investimentos na gestão ambiental e à a<strong>de</strong>quação do<br />

investimento efetuado. A análise feita entre os volumes financeiros investidos na gestão<br />

ambiental e os valores pertinentes aos resultados contábeis <strong>de</strong>monstra uma relação<br />

<strong>de</strong>crescente em <strong>de</strong>trimento da gestão ambiental.<br />

A falta <strong>de</strong> referenciais relacionados aos impactos ambientais da si<strong>de</strong>rúrgica gera<br />

dificulda<strong>de</strong>s em evi<strong>de</strong>nciar se o investimento na gestão ambiental condiz realmente com<br />

o cenário apresentado pela empresa e vai ao encontro do narrado por Mariano (2000)<br />

que diz que a transparência da empresa em sua atuação social leva ao fortalecimento <strong>de</strong><br />

sua imagem e garante sua continuida<strong>de</strong>, colocando em dúvida a continuida<strong>de</strong> da<br />

empresa avaliada em função do tempo e aceitação pela socieda<strong>de</strong>.<br />

A falta <strong>de</strong> referência dos indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho ambiental utilizados nos<br />

balanços sociais coloca em evidência a importância da referência conforme narrado por<br />

Kraemer (2004) “os indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho ambiental têm como função sintetizar as<br />

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