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“La gestión de recursos: Sustentabilidad y ética” XI ... - nemac

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A perfeita substituição também foi contestada pela suposta preferência entre formas <strong>de</strong><br />

financiamento, pois uma empresa ao procurar o financiamento, po<strong>de</strong> ter uma hierarquia<br />

na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> preferência, constituindo a teoria do pecking or<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>senvolvida em Myers<br />

(1984) e Myers e Majluf (1984). Em linhas gerais, essa teoria sustenta que as empresas<br />

obe<strong>de</strong>ceriam a uma hierarquia, quando da busca por fundos <strong>de</strong>stinados ao financiamento<br />

dos seus projetos, recorrendo inicialmente a <strong>recursos</strong> gerados internamente, seguidos<br />

pela emissão <strong>de</strong> dívidas e, finalmente, pela emissão <strong>de</strong> novas ações. A or<strong>de</strong>m<br />

hierárquica é fundamental para a teoria. Nesse contexto, a renúncia fiscal seria a primeira<br />

a ser consi<strong>de</strong>rada na ca<strong>de</strong>ia hierárquica por ser parte do financiamento interno das<br />

firmas.<br />

No mercado brasileiro, o trabalho <strong>de</strong> Soares e Procianoy (2000) <strong>de</strong>monstrou que, embora<br />

sem significância estatística, as empresas brasileiras seguem uma or<strong>de</strong>m pré<strong>de</strong>terminada<br />

nas <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> estrutura <strong>de</strong> capital, que condiz com a abordagem <strong>de</strong><br />

pecking or<strong>de</strong>r. Do mesmo modo, Eid Jr. (1996) i<strong>de</strong>ntificou a existência <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />

número <strong>de</strong> empresas (40%) que segue uma hierarquia <strong>de</strong> captação pré-<strong>de</strong>terminada.<br />

Portanto, po<strong>de</strong>-se concluir que os investimentos estão relacionados diretamente à sua<br />

forma <strong>de</strong> financiamento e as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> investimentos são baseadas na capacida<strong>de</strong> da<br />

firma em gerar fluxo <strong>de</strong> caixa pelas operações ou por meio da retenção do lucro que<br />

po<strong>de</strong>ria ser distribuído aos acionistas e que é reinvestido na firma. Por outro lado, os<br />

impostos são saídas <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> das firmas que po<strong>de</strong>riam contribuir com as operações e<br />

que estão adicionados aos custos dos produtos ou serviços vendidos.<br />

Logo, <strong>de</strong> acordo com esses pontos <strong>de</strong> vista, segundo as hipóteses <strong>de</strong>ste trabalho e sob<br />

certas circunstâncias, o investimento das firmas e as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> financiamento são<br />

inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. Se uma empresa possui maior renúncia fiscal <strong>de</strong>veria ter maior fluxo<br />

<strong>de</strong> caixa, portanto, maior volume <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> internos, favorecendo o financiamento do<br />

investimento.<br />

A renúncia fiscal po<strong>de</strong>ria explicar porque alguns setores crescem a taxas diferentes dos<br />

outros, já que po<strong>de</strong>ria facilitar as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> investimento. Adicionalmente, também<br />

po<strong>de</strong> ser útil conforme o ciclo <strong>de</strong> vida dos negócios. A<strong>de</strong>mais, esse fator seria<br />

complementar ao fluxo <strong>de</strong> caixa gerado pelas operações das firmas.<br />

2.3 Preferências Fiscais<br />

A preferência fiscal, segundo Wilkie (1988) é a diferença intertemporal em <strong>de</strong>duções,<br />

exclusões e outros itens que causam diferença entre o lucro contábil e o lucro tributável.<br />

Essa preferência reduz os encargos dos tributos explícitos da empresa, e po<strong>de</strong> resultar<br />

<strong>de</strong> disposição da legislação tributária que resulta em um diferimento, uma isenção <strong>de</strong><br />

tributos ou até mesmo em uma aceleração das <strong>de</strong>duções, como por exemplo, a<br />

<strong>de</strong>preciação acelerada.<br />

Em um mercado competitivo a economia fiscal nos tributos explícitos geralmente é<br />

transferida aos clientes. Entretanto, on<strong>de</strong> os mercados não são perfeitamente<br />

competitivos, as empresas po<strong>de</strong>m se apropriar <strong>de</strong>sses benefícios fiscais para<br />

posteriormente <strong>de</strong>stinar aos seus acionistas ou administradores.<br />

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