a criança tomava, eu mesma, nós todos fomo criado assim, era difícil ir no médico, né, ir no médico é agora, <strong>de</strong>pois que começa a crescer mais, mas <strong>de</strong> pequeno minha mãe num...cuidava a gente assim.” (Alzerina Batista, 55, em 18.11.01) 59
3.5. Presença negra no Ticumbi, Jongo e quilombos “Glorioso <strong>São</strong> Binidito, hoje eu vim li participá que não si po<strong>de</strong> mais vivê neste mundo assim como está. Daí um jeito neste vosso mundo para as coisa melhorá, vós combinai com <strong>São</strong> Mateus para nos auxiliá”. 56 O Ticumbi é uma das marcas que ainda caracterizam as comunida<strong>de</strong>s locais como tradicionais. É o tempo da festa presente, do encontro marcado ano a ano, do relembrar os antepassados idos, do culto ao santo negro. Na Vila <strong>de</strong> Itaúnas, é o momento <strong>de</strong> receber visitantes e parentes da região, das cida<strong>de</strong>s e do “sertão”. Visitantes para a celebração ao santo do Ticumbi, <strong>São</strong> Benedito, e também ao padroeiro da Vila, <strong>São</strong> Sebastião; grupos <strong>de</strong> Reis <strong>de</strong> Boi, Jongo e Alardo, que vêm prestigiar a festa e, assim, mais uma vez, reafirmar traços <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. A “brinca<strong>de</strong>ira” do Ticumbi preenche gran<strong>de</strong> parte do espaço lúdico e sagrado. Berna<strong>de</strong>te LYRA 57 afirma que o Ticumbi faz parte do universo banto das congadas e tem como círculo geográfico ritualístico a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conceição da Barra, a povoação <strong>de</strong> Santana, a zona do “Sapé do Norte” –na qual se encontra Itaúnas-, além das povoações <strong>de</strong> Campinas e Barreiras, às margens esquerda e direita do rio Cricaré: “<strong>São</strong> Mateus, incluindo a população <strong>de</strong> Barra, atual município <strong>de</strong> Conceição da Barra em que se localiza o ritual do Ticumbi, era o maior centro <strong>de</strong> escravos do Espírito Santo. (...) Os <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>sse enorme contingente negro habitam o interior dos municípios <strong>de</strong> <strong>São</strong> Mateus e Conceição da Barra. Vivem em roças on<strong>de</strong> cultivam mandioca, conservando hábitos próprios herdados dos antepassados e integrando uma imensa comunida<strong>de</strong> negra on<strong>de</strong> todos são parentes e/ou compadres, concentrando-se na região rural. Dessa comunida<strong>de</strong> negra sai o Ticumbi” 58 . O Ticumbi é também chamado <strong>de</strong> “Brinca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> <strong>São</strong> Benedito”, não só no sentido do lazer e divertimento, como também no da representação. O primeiro grupo <strong>de</strong> Ticumbi 56 NEVES, Guilherme dos Santos. “Ticumbi”. Folclore, vol.II. <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, 1953, pp. 19-48 57 LYRA, Maria Berna<strong>de</strong>te Cunha <strong>de</strong>. O jogo cultural do Ticumbi. UFRJ, Dissertação <strong>de</strong> Mestrado em Comunicação, 1981. 58 LYRA, op. cit., pp. 25 e 32. 60
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