Folha de rosto - Arca - Fiocruz

muito porque elas vão querer pegar ele, então é pra gente que elas vão pedir,
se pode mexer, se pode pegar”. E quando são atendidas costumam se vincular
com a profissional que age desta maneira, fato que é percebido também por
integrantes de outras equipes em ação na UTIN, como fala a médica Júlia:
“acho que quem dá suporte é a equipe de enfermagem (...) tem uma ou outra
enfermeira que ela [a mãe] fica mais ligada”. Ou a assistente social
entrevistada que diz: “acho que algumas auxiliares também fazem este
trabalho de rede”.
Outra prática de contenção para com as mães identificada pela
enfermagem é a função de mediadora. Ainda de acordo com a enfermeira
Graça: “a gente serve muito de elo também, porque às vezes querem
conversar com o médico, mas aí vem primeiro à você, pra você chamar o
médico para conversar, que às vezes a postura do médico assusta, é cultural”.
Também os setores de saúde mental e de assistência social servem de
mediadores para eventuais comunicações entre os pais dos bebês e a equipe
médica e de enfermagem. De acordo com a assistente social entrevistada:
“a gente tenta agilizar as coisas, chamando a
equipe, discutindo, mostrando os prós e os contra,
neutralizando certas coisas que querem minar o
trabalho, tem que estar muito ligado porque às
vezes uma palavrinha aqui tem uma interferência
imensa, né? Mas é... eu acho que é uma coisa que
já está incorporada aqui dentro”.
De fato, durante a realização do trabalho de campo tornou-se possível
presenciar encontros entre as chefias dos serviços de assistência social, de
saúde mental e de enfermagem neonatal para conversar sobre uma ou outra
reivindicação postulada por algum usuário. Na maioria das vezes as mães que
estão no alojamento procuram com mais freqüência o serviço social. Isto
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porque já desenvolveram o hábito de recorrer aos seus préstimos para resolver