Folha de rosto - Arca - Fiocruz
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um sujeito dotado <strong>de</strong> uma intencionalida<strong>de</strong> própria e sob a qual suas ações<br />
adquirem sentido. Não há, por parte <strong>de</strong>stes agentes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, um<br />
reconhecimento da alterida<strong>de</strong>. Assim, as mães hospedadas no alojamento que<br />
não passam o dia na UTIN, diz uma integrante da equipe <strong>de</strong> enfermagem:<br />
“estariam mais preocupadas em ficar passeando pelo hospital, paquerando os<br />
guardas do que ficarem perto do bebê”. Todavia, vale lembrar que na parte<br />
<strong>de</strong>sta dissertação em que foram analisadas as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> suporte aos pais que<br />
se formam a partir da hospitalização algumas das mães entrevistadas falaram<br />
a respeito da sua necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eventualmente irem para suas casas ou<br />
saírem para passear <strong>de</strong> modo a “esfriar a cabeça”.<br />
Portanto, po<strong>de</strong>-se afirmar que uma outra questão que atravessa as<br />
relações entre alguns profissionais e os pais dos bebês diz respeito ao<br />
atendimento humanizado em saú<strong>de</strong>. Mesmo porque a prática <strong>de</strong> uma atenção<br />
humanizada compreen<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntre outros pressupostos, a adoção em comum -<br />
tanto da parte da equipes <strong>de</strong> agentes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> quanto da parte dos usuários<br />
<strong>de</strong> seus serviços - <strong>de</strong> um olhar capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar a subjetivida<strong>de</strong> do outro<br />
(Deslan<strong>de</strong>s, 2004). E, com isso, favorecer o exercício da solidarieda<strong>de</strong><br />
(Benevi<strong>de</strong>s e Passos, 2005) em <strong>de</strong>trimento da violência representada pela<br />
negação da alterida<strong>de</strong> e da falta <strong>de</strong> comunicação entre as partes envolvidas<br />
(Deslan<strong>de</strong>s, 2004). Afinal, humanizar é “abrir-se ao outro e acolher solidária e<br />
legitimamente a diversida<strong>de</strong>” (Ayres, 2004).<br />
Além do mais, a postura, acima indicada, <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados agentes <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> gera problemas em suas interações tanto com os pais dos bebês quanto<br />
com os parceiros dos pais, reunidos em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> suporte. Não é incomum que<br />
uma mãe como, por exemplo, Joana reclame contra profissionais os quais, diz<br />
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