Folha de rosto - Arca - Fiocruz

(...) família - problema é aquela família que é
convidada a sair no momento em que a gente está
fazendo um procedimento e ela não concorda, é
uma família que começa a trocar papeleta e quer ler
papeleta de outra criança, é uma família que
começa a reclamar da outra criança, de outro
acontecimento, aquela família que não entende as
regras do horário, de dinâmica da coisa”.
Por seu lado, uma integrante da equipe de enfermagem coloca que os
profissionais da saúde mental e do serviço social - cuja função é a de controlar
a entrada de visitantes durante esta atividade - deveriam sempre se dirigir ao
enfermeiro ou médico responsável pelo plantão de modo a conferir se naquele
dado momento as visitas a determinados recém nascidos e aos seus pais
poderiam ser autorizadas. Caso contrário, conta a profissional de enfermagem
Graça: “era como uma enxurrada que passava por cima de quem estava
trabalhando e pronto”. E, pondera Laurinda, que também faz parte da
enfermagem: “teria de haver mais comunicação entre os multiprofissionais, pra
poder estar falando... a gente tem de falar a mesma língua, você fala uma
coisa, eu falo outra...”.
O fato de que a orientação de indagar aos demais profissionais sobre a
conveniência de liberar a entrada de visitantes e de restringir seu número a três
por entrada para cada recém nascido estar previsto numa circular (anexo 4)
cuja leitura é franqueada a todas as equipes interessadas, indica que se trata -
muito mais - de uma questão de negociação de ordem. E a qual merece ser
mencionada na medida em que incide sobre as relações entre as redes de
suporte aos pais e os profissionais.
Além disso, torna-se possível observar que, de fato, há uma diferença entre
a intervenção protagonizada pelo conjunto de profissionais em relação às redes
sociais que já existiam antes da internação dos bebês e em relação às
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