Folha de rosto - Arca - Fiocruz

Capítulo 5 - Os profissionais da UTIN e as redes de suporte aos
pais dos bebês
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“Trabalho obstinadamente
para que o verso toque
a linha tênue
entre o mais delicado
e o urgente”
Paula Padilha
Para a elaboração deste capítulo foram levadas em consideração duas
indagações. A primeira diz respeito aos sentidos atribuídos pelos profissionais
às redes de suporte aos pais e conseqüentes relações estabelecidas entre os
profissionais de saúde e os integrantes destas redes. A segunda questão
investiga se os profissionais se vêem como formadores de redes de apoio aos
pais dos recém nascidos e, mais ainda, em que medida as práticas de suporte
aos usuários do serviço de neonatologia podem ou não ser consideradas como
parte integrante do seu respectivo desempenho profissional. Ou, em outras
palavras, questiona se estas ações de apoio aos pais dos bebês estão contidas
no âmbito das atividades institucionais dos cuidadores profissionais ou se
caracterizam a inserção destes em redes de suporte aos pais.
De imediato, tornou-se evidente a heterogeneidade dos discursos das
diversas categorias de profissionais entrevistados ao longo desta pesquisa. As
dissonâncias entre as falas de médicos, enfermeiros, psicólogas, psiquiatra e
assistente social serão assinaladas apenas quando se tornarem acentuadas.
Caso contrário, os depoimentos serão agrupados em dois blocos: os de pais e
os de profissionais, sendo que por vezes serão confrontados os relatos dos
pais e dos profissionais. Neste bloco dos dizeres dos profissionais também
foram reunidas entrevistas de quem tem formação semelhante embora não