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Folha de rosto - Arca - Fiocruz

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<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das suas próprias condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e do aval das equipes <strong>de</strong><br />

cuidadores profissionais. O horário em que po<strong>de</strong>m estar ao lado <strong>de</strong> seus filhos<br />

tampouco é <strong>de</strong> livre arbítrio. A lista <strong>de</strong>stes atos acima exemplificados - que em<br />

outro contexto que não o hospitalar não seriam cerceados - po<strong>de</strong>ria se<br />

esten<strong>de</strong>r por várias linhas. Entretanto, o que interessa aqui é sublinhar como as<br />

mães - cujos bebês encontram-se sob custódia da instituição hospitalar - se<br />

<strong>de</strong>param com limites firmados à sua revelia.<br />

Po<strong>de</strong> - se então supor que o processo <strong>de</strong> formação espontânea das re<strong>de</strong>s<br />

internas representa para suas protagonistas - as quais, <strong>de</strong>sta maneira, se<br />

contrapõem aos ditames <strong>de</strong> uma dinâmica que não é por elas or<strong>de</strong>nada - uma<br />

forma <strong>de</strong> empo<strong>de</strong>ramento (empowerment). Vale lembrar - em consonância com<br />

o que foi apresentado no capítulo sobre os marcos teóricos - que este conceito<br />

seria aplicável às transformações introduzidas pelas mães alojadas em suas<br />

relações entre si e a instituição hospitalar na medida em que é <strong>de</strong>finido como<br />

um processo através do qual as pessoas, grupos sociais e organizações<br />

adquirem maior controle sobre seus próprios <strong>de</strong>stinos (Valla, 1999). Neste<br />

sentido, po<strong>de</strong>-se afirmar que a constituição das re<strong>de</strong>s internas significa para as<br />

mães:<br />

“Tomar posse <strong>de</strong> suas próprias vidas pela<br />

interação com outros indivíduos, gerando<br />

pensamento crítico em relação à realida<strong>de</strong>,<br />

favorecendo a construção da capacida<strong>de</strong> social e<br />

pessoal e possibilitando a transformação das<br />

relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r” (Andra<strong>de</strong> e Vaitsman, 2002;<br />

928).<br />

Mesmo porque, no plano individual, representa a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> agentes<br />

sociais (nesta pesquisa: as mães integradas em re<strong>de</strong>s internas) <strong>de</strong> adquirir<br />

conhecimentos e controle para, a partir <strong>de</strong> então, alterar os cursos <strong>de</strong> suas<br />

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