Folha de rosto - Arca - Fiocruz
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i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, bem estar, competência e agenciamento ou autoria” (Sluzki, 1997:<br />
42). Em muitas situações o apoio <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> conjunturas suscetíveis a<br />
constantes transformações como relações <strong>de</strong> vizinhança, composições<br />
conjugais e posições no ciclo <strong>de</strong> vida (Bronfman, 2001). Os laços<br />
consangüíneos não garantem - por si só - suporte em toda e qualquer<br />
circunstância.<br />
E, por sua vez, as re<strong>de</strong>s formadas por familiares com laços consangüíneos<br />
comportam interações <strong>de</strong> conotação positiva e negativa (McLaughlin et al.,<br />
2002). Por vezes “são ativadas mais por expectativas e pressões sociais do<br />
que por impulsos <strong>de</strong> lealda<strong>de</strong>” (Sluzki, 1997: 31). Outro fator <strong>de</strong> distinção face<br />
às <strong>de</strong>mais re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> suporte é o <strong>de</strong> que há uma tendência <strong>de</strong> que nestas<br />
tramas ocorra, com mais freqüência do que nas <strong>de</strong> outros tipos <strong>de</strong> composição,<br />
a circulação <strong>de</strong> bens materiais. Ou seja, ao lado do suporte emocional e afetivo<br />
propiciado pelas tramas compostas por parentes próximos po<strong>de</strong>-se acrescentar<br />
também eventuais contribuições para o sustento material <strong>de</strong> seus familiares.<br />
Entretanto, é consenso que a ineficácia <strong>de</strong> qualquer das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> suporte<br />
do universo relacional do indivíduo representa uma ameaça ao seu bem estar.<br />
Diversas pesquisas – realizadas no Brasil, Estados Unidos, México,<br />
Moçambique e Suécia (Agadjanian, 2002; Andra<strong>de</strong> e Vaitsman, 2002;<br />
Bronfman, 2001; Faber e Wasserman, 2002; Klefbeck, 1995; Sluzki,1997) –<br />
atestam a correlação existente entre as presenças das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ajuda mútua e<br />
a saú<strong>de</strong> dos indivíduos, fazendo com que a “pobreza relativa <strong>de</strong> relações<br />
sociais” seja encarada como um “fator <strong>de</strong> risco” (Sluzki,1997: 68).<br />
Por sua vez, o adoecimento também po<strong>de</strong> ocasionar a diminuição da<br />
freqüência <strong>de</strong> contatos sociais, favorecendo uma sensação <strong>de</strong> isolamento e <strong>de</strong><br />
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