18.04.2013 Views

Folha de rosto - Arca - Fiocruz

Folha de rosto - Arca - Fiocruz

Folha de rosto - Arca - Fiocruz

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

e matriz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. Em outras palavras, a perda da teia <strong>de</strong> apoio inci<strong>de</strong><br />

sobre a <strong>de</strong>nominada “experiência individual <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>” (Sluzki, 1997: 42),<br />

evocando a metáfora da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> sugerida por Latour, isto é, a da “assinatura<br />

(abonnement)” segundo a qual cada pessoa é moldada por variadas<br />

assinaturas, com histórias e inscrições diferentes. (Latour 1994 apud Men<strong>de</strong>s,<br />

2001: 507). Afinal, “a subjectivida<strong>de</strong> e a corporalida<strong>de</strong> são activadas e<br />

constituídas numa varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> formas e processos. As i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s não são<br />

essências <strong>de</strong>sincarnadas, mas teias complexas <strong>de</strong> relações, materiais e<br />

<strong>de</strong>sejos” (Men<strong>de</strong>s, 2001: 508).<br />

Neste sentido, po<strong>de</strong>-se afirmar que as re<strong>de</strong>s sociais <strong>de</strong> suporte oferecem<br />

uma referência <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> (Bott, 1976) para seus participantes os quais<br />

conseguem <strong>de</strong>sta maneira minimizar sua ”insegurança social”, uma vez que<br />

“não possuem os meios <strong>de</strong> assegurar sua existência pela proprieda<strong>de</strong> privada”<br />

(Castel: 2003: 11 e 31). De fato, pon<strong>de</strong>ra Castel, torna-se estratégica a<br />

transformação <strong>de</strong>stes indivíduos em proprietários <strong>de</strong> “equivalentes sociais das<br />

proteções que antes somente eram propiciadas pela proprieda<strong>de</strong> privada”<br />

(2003: 33). E esta aquisição, diz o mesmo autor, <strong>de</strong> proteções sociais seria<br />

empreendida através <strong>de</strong> pertenças em re<strong>de</strong>s protetoras.<br />

Para evitar a perda <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> as pessoas recorrem àquelas que,<br />

no seu enten<strong>de</strong>r, estariam aptas a lhe prestar ajuda, não importando se são ou<br />

não, por exemplo, parentes consangüíneos (Agadjanian 2002; Bronfman, 2001;<br />

Klovdhal et al., 2002). Apelam para seus “companheiros moralmente<br />

significantes” (Mayer 1964 apud Menezes, 2002:160) e com eles compõem<br />

uma re<strong>de</strong> social que é consi<strong>de</strong>rada por seus integrantes como “significativa” na<br />

medida em que “constitui uma das chaves centrais da experiência individual <strong>de</strong><br />

26

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!