Folha de rosto - Arca - Fiocruz
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saú<strong>de</strong> mental. Nestes casos formam o que Cresti e Lapi <strong>de</strong>nominam como “um<br />
envelope que contém e protege”, cuja <strong>de</strong>scrição é a seguinte:<br />
“representa uma estrutura que cuida, apóia e<br />
respon<strong>de</strong> às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência tanto da<br />
mãe como dos bebês, ajudando a mulher a<br />
organizar uma relação com seus filhos, obe<strong>de</strong>cendo<br />
a uma necessida<strong>de</strong> interna <strong>de</strong> gradação. A mãe se<br />
encontra cercada e protegida [...] pela presença<br />
discreta e não intrusiva da equipe. Esta lhe oferece<br />
um suporte tangível, não procurando substituí-la<br />
completamente, <strong>de</strong>ixando-lhe, ao contrário, a<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> experimentar suas próprias<br />
capacida<strong>de</strong>s autônomas.” (1997: 153-4).<br />
Neste sentido, pon<strong>de</strong>ra Beatriz, do setor <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental:<br />
“a gente tem muito um papel <strong>de</strong> mãe com elas, tem<br />
que fazer uma certa maternagem com elas, isso eu<br />
acho, às vezes elas estão muito fragilizadas e a<br />
gente dá um... até um colo mesmo, e elas<br />
melhoram! Mas elas não pe<strong>de</strong>m, assim, não tem<br />
essa clareza, elas se aproximam e <strong>de</strong>ixam que a<br />
gente possa dar”.<br />
Para tanto, relata outra profissional da mesma equipe, o serviço trata <strong>de</strong><br />
elaborar: “essa re<strong>de</strong> que a gente constrói <strong>de</strong> projetos junto com a clientela”. De<br />
acordo com esta entrevistada o setor <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental tentaria montar um<br />
trabalho preventivo ao buscar estar com a família do bebê ao longo <strong>de</strong> todo o<br />
período <strong>de</strong> hospitalização, através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> assistência às famílias dos<br />
bebês, formando a mencionada “re<strong>de</strong> <strong>de</strong> projetos”, os quais, apesar <strong>de</strong><br />
institucionalizados, não tem ligações com as re<strong>de</strong>s habitualmente chanceladas<br />
pelas instituições hospitalares como as “Res”, isto é, “Refazer” ou “Renascer,<br />
apenas para citar duas das agremiações mais notórias.<br />
108<br />
As re<strong>de</strong>s às quais Cláudia, do serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental, está se referindo<br />
dizem respeito às estratégias <strong>de</strong> atendimento - <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primeiros dias - aos<br />
pais dos recém nascidos. De acordo com esta profissional: “neste início eu diria