Folha de rosto - Arca - Fiocruz
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Entrementes, há <strong>de</strong> se também levar em consi<strong>de</strong>ração que cada equipe é<br />
heterogênea, comportando profissionais que exercem seu ofício <strong>de</strong> maneira<br />
singular. De acordo com a assistente social: “em todas as equipes você tem<br />
pessoas sensibilizadas pra aquele trabalho e outras que tem outra visão que às<br />
vezes incomodam”. Afinal, afirma a mesma entrevistada:<br />
“Para trabalhar na unida<strong>de</strong> neonatal, no meu modo<br />
<strong>de</strong> ver, tem que ser uma pessoa, não po<strong>de</strong> ser um<br />
profissional qualquer, ele tem que ter sensibilida<strong>de</strong>,<br />
ele tem que estar se atualizando, ele tem que ter<br />
uma compreensão muito gran<strong>de</strong> do que é um<br />
sofrimento, do que é o ser humano, pra po<strong>de</strong>r ter<br />
uma relação satisfatória com essas pessoas”.<br />
Sem dúvida, a concepção <strong>de</strong> ser “sensível e compreensivo” é relativa,<br />
variando <strong>de</strong> cuidador para cuidador. No entanto, a disposição <strong>de</strong> tentar, cada<br />
qual à sua maneira, enten<strong>de</strong>r o outro po<strong>de</strong> gerar um ambiente mais responsivo<br />
à todos seus participantes. E assim tornar mais próxima a meta <strong>de</strong>ste serviço<br />
<strong>de</strong> neonatologia, a qual seria, segundo um dos médicos entrevistados: “não é<br />
só cuidar da criança, é cuidar da criança e cuidar também <strong>de</strong> quem vai levar<br />
esta criança para casa”.<br />
Ou, ainda <strong>de</strong> acordo com o mesmo entrevistado, registrar que um dos<br />
caminhos possíveis a serem seguidos pelos profissionais para se chegar mais<br />
perto da adoção <strong>de</strong>sta prática seria perceber que:<br />
“a primeira re<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoio que ele [o recém nascido]<br />
encontra acho que é a na mãe, aqui a primeira<br />
coisa que a gente vê são os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
(...) porque muitas vezes a mãe tem esse neném, o<br />
pai tem dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> entrar ou está trabalhando,<br />
mas a primeira re<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoio que a gente tenta<br />
sempre fazer é exatamente isso, é a auxiliar <strong>de</strong><br />
enfermagem, é a enfermeira, é o pessoal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
mental pra dar apoio pra essa mãe, pra tentar<br />
explicar esta nova situação pra ela, até chegar esta<br />
família”.<br />
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