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Folha de rosto - Arca - Fiocruz

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momento crítico <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os seus companheiros <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s manifestem com<br />

intencionalida<strong>de</strong> sua solidarieda<strong>de</strong>. Há uma avaliação por parte dos pais<br />

quanto às razões <strong>de</strong> uma eventual ausência no hospital <strong>de</strong> seus parceiros <strong>de</strong><br />

re<strong>de</strong>.<br />

Porém, há <strong>de</strong> se ressaltar que os critérios que norteiam esta avaliação<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m também em gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> uma consciência acerca das normas<br />

que regem a rotina <strong>de</strong> visitas na instituição hospitalar. Muitas vezes as regras<br />

das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não são explicitadas e compreendidas por seus<br />

usuários, ocasionando conflitos e <strong>de</strong>sentendimentos entre eles as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

apoio que lhes são significativas. E, com isso, abrem -se os caminhos para as<br />

mencionadas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implosão <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sociais preexistentes.<br />

Todavia, nenhum sentido negativo é atribuído quando as regras para o<br />

acesso à UTI são suficientemente claras e assimiladas pelos pais dos bebês.<br />

As ausências <strong>de</strong> companheiros <strong>de</strong> re<strong>de</strong> são justificadas, como mostra Amanda:<br />

“a gente não po<strong>de</strong> nem cobrar presença <strong>de</strong> ninguém aqui, né, porque todo<br />

mundo trabalha, tem sua vida”. O não comparecimento, se precedido por uma<br />

compreensão dos respectivos motivos, não é encarado como uma falta <strong>de</strong><br />

solidarieda<strong>de</strong> como diz Diana: “meus pais têm ajudado, apesar do meu pai não<br />

po<strong>de</strong>r estar aqui por que ele trabalha e o horário daqui não dá pra vir”.<br />

A companhia aos pais dos bebês internados faz parte - ao lado do apoio<br />

moral - do eixo emocional <strong>de</strong> suporte oferecido pelas re<strong>de</strong>s preexistentes. E,<br />

como tal, também tem lugar fora do hospital. Helena, por exemplo, relata com<br />

prazer o hábito do seu marido <strong>de</strong> levá-la para casa periodicamente e passar o<br />

dia tratando-a como uma “rainha” na medida em que não a <strong>de</strong>ixa chegar perto<br />

dos afazeres domésticos. O único pai entrevistado, isto é, José, fala do<br />

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