Folha de rosto - Arca - Fiocruz

tal qual uma mãe -permanece ao lado dos pais, acolhendo seus pesares e
suas angústias por ter colocado no mundo um bebê que precisa dos serviços
de terceiros para sobreviver. E, por sua vez, a de serviço social acrescenta às
funções compartilhadas com a equipe de saúde mental o encargo de arranjar
meios materiais para amenizar as dificuldades enfrentadas por estas famílias
de recursos escassos.
No entanto, estas funções de rede não têm fronteiras rígidas, podendo ser
ocupadas por integrantes de diferentes equipes em momentos distintos. E,
mais ainda, por vezes passam desapercebidas aos olhos dos profissionais de
saúde e/ou para aqueles que recorrem aos seus serviços. Neste sentido, torna-
se difícil divisar se, de fato, as práticas acima indicadas se constituem como
exemplos de ações de rede ou se simplesmente compõem o rol de seus
encargos profissionais.
Para esclarecer esta dúvida há de se recorrer à definição de rede social de
suporte apresentada no marco teórico-conceitual desta dissertação. De acordo
com a mesma, para entender as configurações das redes de apoio torna-se
necessário perceber quais os indivíduos que preenchem determinadas funções
de suporte. No âmbito das interações entre os profissionais e os pais dos
bebês, destacam-se as seguintes atividades levadas a cabo pelos cuidadores
profissionais as quais, dentre outras, permeiam toda e qualquer rede social de
suporte: a de apoio emocional, guia cognitivo, ajuda material e de serviços.
Estas práticas ultrapassam as atribuições meramente técnicas dos
profissionais de saúde. Ao dar suporte aos pais das diferentes maneiras
expostas nos parágrafos anteriores os profissionais estão formando redes de
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apoio. Ou, em outros termos, não estão atuando “primordialmente como