Folha de rosto - Arca - Fiocruz

aos pais dos recém nascidos empreendidas por seus parceiros de redes que já
existiam tanto antes da hospitalização do recém nascido quanto as das redes
que são formadas por conta da internação perinatal. Ao longo desta trajetória,
foram encontrados eventuais entraves para o exercício destas atividades de
apoio aos pais. A composição e, por conseguinte, a importância das redes de
suporte nem sempre são identificadas e aceitas da mesma maneira pelos
diferentes participantes do ambiente intensivista. Entretanto, há um consenso
entre todos acerca das dificuldades que envolvem esta situação para as
famílias dos bebês.
Os laços afetivos iniciais - considerados como “protótipo de todas as
relações sociais futuras” (Brasil, 2002: 35) - entre pais e filhos correm o risco de
não serem adequadamente fortalecidos. Há uma ameaça à construção de
vínculos entre o bebê e sua família, prejudicando o devir de um recém nascido
já que a construção da sua subjetividade é, em grande parte, determinada pela
sua interação com as pessoas que o rodeiam. Para contornar tais dificuldades
e pavimentar caminhos que levem ao desenvolvimento do apego com seu filho,
muitos pais sentem a necessidade de contar com suas fontes habituais de
amparo que são as redes sociais de suporte. Mesmo porque estas têm como
característica comum a expectativa de um auxílio mútuo entre seus membros.
O apoio pode se dar tanto no plano objetivo quanto subjetivo como, por
exemplo, ter alguém para cuidar dos irmãos mais velhos do bebê enquanto os
pais permanecem no hospital e/ou oferecer suporte emocional.
Para os profissionais de UTIN estas tramas – as quais podem assumir
diversas faces como, dentre outras, a de redes compostas por vizinhos ou por
colegas de trabalho - oferecem a possibilidade de alianças estratégicas de
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