Folha de rosto - Arca - Fiocruz

Entrementes, as modalidades de acolhimento às redes de suporte
preexistentes não podem ser reduzidas ao mero controle do seu fluxo na UTIN.
Dada a importância destas formações para a diminuição do desgaste
enfrentado neste ambiente, há de se pensar em outras formas de modo a tecer
parcerias com estas matrizes de apoio como a criação, por exemplo, de rotinas
aptas a incorporar efetivamente as contribuições dos integrantes destas redes
que passariam de fato a ser encarados como cuidadores.
E não só os usuários dos serviços de saúde anseiam por uma atenção
humanizada. Também há uma demanda de teor semelhante por parte dos
profissionais de saúde. Estes só podem exercer a contento seu ofício de cuidar
de quem se encontra em sofrimento caso disponham eles próprios de
mecanismos de suporte. Em outras palavras, também os profissionais de
saúde necessitam em seu ambiente de trabalho de redes de apoio com as
quais se identifiquem e se integrem. Sem dúvida, esta função poderia ser
preenchida pelas redes internas que se formam no âmbito do hospital.
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Entretanto, qualquer iniciativa no sentido de traçar alianças entre os
usuários e os profissionais passa necessariamente pelo reconhecimento de
que as redes podem e devem ser construídas dentro das instituições de saúde.
No campo estudado, ao ignorar e – conseqüentemente - ao restringir o arco de
atuação das redes internas formadas pelos pais durante a internação dos filhos
recém nascidos os profissionais de saúde deixam, por um lado, de aproveitar o
potencial de parceria que estas redes estariam aptas a lhe propiciar. E, por
outro, desperdiçam a oportunidade de dialogar com instâncias capazes de
destacar e valorizar as condutas dos profissionais que ultrapassam os limites
de suas respectivas competências técnicas. Deixam de ser reconhecidos por