Folha de rosto - Arca - Fiocruz

aqui. Então não é nem dando apoio... físico, da
presença física, mas na vida delas”.
Outrossim, os agentes de saúde acionam ou convocam determinados
parceiros das redes de apoio aos pais quando detectam que a mãe do bebê
não está em condições físicas e emocionais de oferecer cuidados maternos ao
recém nascido. Em casos de impedimento de ordem física - quando, por
exemplo, a puérpera ainda não se recuperou do parto ou apresenta alguma
doença que a impede de ficar ao lado de seu filho - a mãe é substituída na
UTIN - temporariamente e geralmente - por sua própria mãe. Nas situações em
que os obstáculos são subjetivos, a equipe de saúde mental tende a pedir
autorização à chefia da unidade de cuidados intensivos para a mãe passar a
ser acompanhada por alguém capaz de, nas palavras de Renata: “poder estar
fazendo um pouco às vezes de mãe junto daquele bebê”.
A presença na unidade de cuidados intensivos de alguém que certamente
é parceiro na rede social significativa da mãe do recém nascido pode facilitar o
exercício da maternagem. Vale lembrar, como apontado no capítulo anterior,
que os primeiros momentos das mães dos bebês hospitalizados são de
atordoamento. Demandam um tempo até se acostumar com um ambiente
totalmente desconhecido e distante do que sempre acalentaram em seus
sonhos a respeito do nascimento de um filho. Por isso é que a psicóloga
Renata afirma que o fato de uma mãe ser eventualmente acompanhada por
sua própria mãe ou por alguém que lhe é muito próximo durante um certo
período pode funcionar como uma “passagem” a qual ajudaria a mãe do recém
nascido a ocupar gradativamente seu espaço junto de seu filho.
Contudo, segundo esta profissional da área de saúde mental, nem sempre
este procedimento de trazer pessoas íntimas da mãe do recém nascido para
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