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Cotidiano das escolas: entre violências; 2006 - MULTIRIO

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Tabela 9.8 – Proporção e número de membros do corpo técnico-pedagógico<br />

de <strong>escolas</strong> de ensino fundamental e médio, por invasões de pessoas de fora<br />

da escola, segundo a percepção sobre o cotidiano da escola – 2003/2004<br />

<strong>Cotidiano</strong> da escola<br />

Difícil ou muito difícil<br />

Mais ou menos difícil<br />

Fácil ou muito fácil<br />

Total<br />

Invasões de pessoas de fora da escola % (N)<br />

Já houve invasão Nunca houve invasão Total<br />

35,7<br />

18,0<br />

27,9<br />

(316)<br />

(126)<br />

(442)<br />

46,8<br />

47,9<br />

47,3<br />

(414)<br />

(335)<br />

(749)<br />

17,5<br />

34,0<br />

24,8<br />

(155)<br />

(238)<br />

(393)<br />

100,0<br />

100,0<br />

100,0<br />

(885)<br />

(699)<br />

(1.584)<br />

Fonte: UNESCO, Pesquisa “<strong>Cotidiano</strong> <strong>das</strong> Escolas: <strong>entre</strong> <strong>violências</strong>”, 2003/2004.<br />

Notas: Foi perguntado aos membros do corpo técnico-pedagógico: “Como é o cotidiano da sua escola? e No ano<br />

passado ou neste ano, houve alguma invasão de pessoas de fora da escola?”<br />

Provavelmente, a percepção de que as invasões tornam o cotidiano da escola<br />

mais difícil está relacionada não só aos problemas gerados pelos desconhecidos,<br />

mas também pela sensação de insegurança que eles fomentam:<br />

Essa tentativa [de invasão] é mais por causa <strong>das</strong> garotas. Não é pra invadir<br />

pra outras coisas não. Só que eu não posso permitir, porque eu não conheço<br />

as pessoas. Então, eu não posso permitir que fiquem aqui dentro um monte<br />

de garotos que a gente não sabe quem é. E ainda mais sem camisa. E a<br />

gente não conhece a procedência deles. E eu não gosto. Aí, chamo a guarda<br />

e eles mandam ir embora. (Entrevista com diretora, Rio de Janeiro)<br />

Os alunos indicam que as barreiras físicas (como muros) nem sempre são<br />

capazes de barrar os estranhos. São vários os depoimentos de <strong>escolas</strong> em que,<br />

às vezes, uns caras pulam o muro para entrar aqui ou de que os invasores<br />

encontram maneiras de burlar as barreiras físicas: a maioria entra pela quadra<br />

e passa ali por cima nos prédios aí descem aqui.<br />

Há também relatos sobre <strong>escolas</strong> com muros destruídos, facilitando o<br />

ingresso de estranhos, como a escola cujo muro tem um buraco de três metros<br />

quadrados e que é usado como ponto de encontro de gangues, consumidores<br />

de drogas ou de estranhos que ficam perturbando as aulas de educação física e<br />

ficam intimidando os alunos.<br />

Os alunos também apontam a falta de controle de quem entra na escola –<br />

o portão fica sempre aberto, além de outras falhas de segurança. Em certas<br />

<strong>escolas</strong>, dá para entrar sem carteirinha. Como relata um aluno, basta dizer eu<br />

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