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Cotidiano das escolas: entre violências; 2006 - MULTIRIO

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Tabela 2.7 – Proporção e número de membros do corpo técnico-pedagógico<br />

de <strong>escolas</strong> do ensino fundamental e médio, segundo opinião sobre a relação<br />

com os alunos – 2003/2004<br />

Opinião sobre a relação <strong>entre</strong> alunos e professores % N<br />

Péssima ou Ruim 4,3 75<br />

Mais ou menos 36,5 634<br />

Boa ou Ótima 59,2 1.027<br />

Total 100,0 1.736<br />

Fonte: UNESCO, Pesquisa “<strong>Cotidiano</strong> <strong>das</strong> Escolas: <strong>entre</strong> <strong>violências</strong>”, 2003/2004.<br />

Notas: Foi perguntado aos membros do corpo técnico-pedagógico: “Como é a relação <strong>entre</strong> alunos e professores?”<br />

Em muitos casos, os alunos enfatizam a falta de cooperação, inclusive em<br />

atividades pedagógicas: Tem algumas <strong>escolas</strong> em que os professores ainda tentam<br />

ajudar, falam para os alunos estudarem. E têm outros que não estão nem aí com<br />

o que vai acontecer. Não é com elas... Elas já estão forma<strong>das</strong>, mas quem depende<br />

somos nós. Este argumento é compartilhado também por funcionários que criticam<br />

os professores que estão escolhendo a carreira porque o mercado lá fora está difícil<br />

e hoje a única carreira que ainda te dá campo de atuação é o magistério.<br />

Enquanto alguns professores mostram um envolvimento com a profissão<br />

de educador, há colegas que não se orientam por tal perspectiva: você vê uma<br />

turminha com a cabeça boa que é aquele que ama a profissão, que tem um jogo<br />

legal <strong>entre</strong> os alunos. E tem aquele grupo mais radical, mais antiquado. Estabelecer<br />

com o aluno uma relação de troca de conhecimento e de afetividade é<br />

descobrir um novo significado para a instituição escolar na vida de muitos<br />

professores:<br />

Olha, eu me considero um aprendiz. Eu sempre acho que tenho muito<br />

que aprender com os alunos. E os meus alunos me ensinam todo dia<br />

alguma coisa. A primeira lição é de que a escola representa, pra mim, não<br />

só o meu ganha pão, mas a escola representa pra mim a minha vida. Não<br />

posso esperar do meu aluno aquilo que não dou, aquilo que eu não faço<br />

por onde. Então, a minha relação com meu aluno é uma relação tranqüila.<br />

(Entrevista com professor, Belém)<br />

Um outro artifício facilitador <strong>das</strong> relações sociais no ambiente escolar é o<br />

diálogo. Conhecer o outro requer o uso da palavra, da conversa, o que proporciona<br />

o estabelecimento de vínculos <strong>entre</strong> esses atores escolares. No caso<br />

de alunos e professores, muitas vezes, os docentes são as únicas pessoas com<br />

quem os alunos se sentem à vontade para conversar, tirar dúvi<strong>das</strong> e buscar<br />

apoio para a resolução de problemas cotidianos.<br />

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