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Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

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29com os problemas sociais, a li<strong>de</strong>rança”. Parafraseando Luis Fernando Veríssimo,Louro compreen<strong>de</strong> que estas alunas mestras eram as “antiprendas”, que o acesso àeducação e à profissionalização fizeram das mulheres gaúchas mo<strong>de</strong>los opostosaos tradicionais, no início do século XX.<strong>Fernan<strong>de</strong>s</strong> (1987) compreen<strong>de</strong> que o professor <strong>de</strong>ve ser comparado aoproletário <strong>de</strong> Marx, pois para o autor o educador foi objetificado e ainda continuasendo na socieda<strong>de</strong> brasileira. De acordo com <strong>Fernan<strong>de</strong>s</strong>, a abertura das escolasnormais corroborou para a aquisição <strong>de</strong> conhecimentos compartimentados, sendoque os professores não tinham formação para política e nem para enfrentar eenten<strong>de</strong>r seus papéis. O autor cita que neste período o educador <strong>de</strong>veria ser o maisinocente acerca das coisas, bem como ser acomodável e acomodado. Emcontrapartida, ele acredita em uma proposta <strong>de</strong> reflexão acerca do trabalho docente,em que o educador tornar-se-á um agente <strong>de</strong> cidadania na sua prática educacional,através <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> transformação política da realida<strong>de</strong>.Da mesma forma, é importante ressaltar que com a criação das escolasnormais e com a entrada das mulheres no magistério permitiu-se uma pequenaliberda<strong>de</strong> e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adquirir conhecimentos, sendo que até o momento nahistória isto não era permitido a elas (VILLELA, 2000). Po<strong>de</strong>-se pensar que este foium dos momentos que <strong>de</strong>ram início ao processo <strong>de</strong> emancipação feminina etambém a sua inserção nas lutas pelos direitos <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong>. Esta entrada nomundo do trabalho reconhecido ofereceu à mulheres uma profissão que ia aoencontro <strong>de</strong> uma regeneração da socieda<strong>de</strong>, em busca <strong>de</strong> um povo mais sadio, mastambém um ponto <strong>de</strong> partida para a emancipação da profissão docente no momentohistórico vivido na época.1.1.3 Processo emancipatório a partir do trabalho docente: Uma releitura dotrabalho alienadoDo ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> Habermas (BANNELL, 2006), o processo <strong>de</strong>emancipação po<strong>de</strong> dar-se através do agir comunicativo, sendo que este estabeleceuma relação reflexiva com o mundo, em que a pretensão <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> é levantadadiscursivamente para o reconhecimento intersubjetivo.

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