11.07.2015 Views

Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

43como um meio que comporta racionalida<strong>de</strong> comunicativa, ao passo que reconheceque esta “esfera <strong>de</strong> valor”, <strong>de</strong> acordo com Weber, está permeada muitas vezes pelarazão instrumental e estratégica.O sistema jurídico, que permeia, tanto as estruturas da Lebenswelt, quantoas dos subsistemas da economia e da política, representa uma chance paraa proliferação da razão comunicativa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não seja tecnificado eautomatizado como já o foi o sistema produtivo e o estado. (FREITAG,2005, p. 46-47).De acordo com Habermas (1987), a introdução <strong>de</strong> um novo mecanismosistêmico só é possível nas esferas do mundo da vida à medida que ele éinstitucionalizado, isto é, a partir do momento em que ele adquire um status pelaautorida<strong>de</strong> referente a algum cargo ou pelo direito privado burguês. Habermaspontua que esta institucionalização acontece quando o mundo da vida apresenta-sesuficientemente racionalizado. O autor esclarece que “la institucionalización <strong>de</strong> unnuevo nivel <strong>de</strong> diferenciación sistémica exige reestructuraciones en el ámbitonuclear que constituyen las instituciones encargadas <strong>de</strong> la regulación jurídico-moral,esto es, <strong>de</strong> la regulación consensual <strong>de</strong> los conflictos <strong>de</strong> acción” (HABERMAS, 1987,p. 245). 15 Do mesmo modo, o autor enfatiza que o direito e a moral têm a função <strong>de</strong>garantir outro nível <strong>de</strong> consenso entre os sujeitos, pois estes po<strong>de</strong>m recorrer a elesno momento em que o mecanismo <strong>de</strong> entendimento tenha fracassado nacomunicação cotidiana. Habermas (1987) conceitua o direito e a moral como sendonormas <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> segunda or<strong>de</strong>m, que por sua vez, permitem analisar as formas<strong>de</strong> integração social.O direito é um meio <strong>de</strong> regulação dos conflitos, em que a ação orientada aoentendimento <strong>de</strong>senvolve-se através da formação discursiva individual e coletiva,tendo como intuito a negociação e a <strong>de</strong>cisão consensual. No dizer <strong>de</strong> Habermas(1987, p. 524), esta ação orientada ao entendimento é aceitável nos âmbitosprivados, como por exemplo, na família, em que “la educación se realiza bajovigilancia estatal y los padres están obligados a dar cuenta” 16 . Entretanto, o autorsalienta que, no âmbito público, em especial na escola, ocorre um processo <strong>de</strong>15 A institucionalização <strong>de</strong> um novo nível <strong>de</strong> diferenciação sistêmica exige reestruturações em âmbito nuclear queconstituem as instituições encarregadas da regulamentação jurídico-moral, isto é, da regulamentação consensualdos conflitos <strong>de</strong> ação.16 A educação se realiza aquém da vigilância estatal e os pais estão obrigados a dar conta.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!