11.07.2015 Views

Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

38O autor enfatiza que para os sujeitos chegarem a um acordo ou não acerca<strong>de</strong> algo no mundo é necessário avaliar as pretensões <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> levantadas pelofalante. Pois, para Habermas (1989, p. 167-168) em uma atitu<strong>de</strong> orientada aoentendimento o falante refere-se às seguintes pretensões:- que o enunciado é verda<strong>de</strong>iro (ou, conforme o caso, que aspressuposições <strong>de</strong> existência <strong>de</strong> um conteúdo proposicional mencionadosão acertadas);- que o ato <strong>de</strong> fala é correto relativamente a um contexto normativoexistente (ou, conforme o caso, que o contexto normativo que ele realiza, éele próprio legítimo); e- que a intenção manifesta do falante é visada do modo como é proferida.Um ouvinte que contesta pretensões inteligíveis do falante correspon<strong>de</strong> a nãoaceitação <strong>de</strong> pelo menos um dos aspectos da verda<strong>de</strong>, da correção ou dasincerida<strong>de</strong>. De acordo com Habermas (1989, p. 168), a não aceitação por parte doouvinte acerca da valida<strong>de</strong> do enunciado diz respeito ao não preenchimento da suafunção, ou seja, “[...] da representação <strong>de</strong> estados <strong>de</strong> coisas, do asseguramento <strong>de</strong>uma relação interpessoal ou da manifestação <strong>de</strong> vivência”. Segundo o autor, estasfunções relacionam-se com algo do mundo, em que o falante, ao tematizar suaspretensões <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> expressa questões do mundo objetivo, do mundo social e domundo subjetivo.A ação orientada ao entendimento correspon<strong>de</strong> ao momento em que ossujeitos visam chegar a um acordo acerca <strong>de</strong> uma pretensão <strong>de</strong> valida<strong>de</strong>, em quemutuamente negociam a situação e suas esperadas conseqüências. Da mesmaforma, na estrutura teleológica a ação dos sujeitos resulta em agir <strong>de</strong> acordo comum objetivo e executar um plano <strong>de</strong> ação. Já no mo<strong>de</strong>lo estratégico <strong>de</strong> ação, o agirobjetiva alcançar uma ação com êxito, com sucesso. Entretanto, para Habermas(1989, p. 165) é o mo<strong>de</strong>lo do agir orientado ao entendimento que visa um acordoalcançado intersubjetivamente, em que o “[...] Alter po<strong>de</strong> anexar suas ações às doEgo”, a partir da discussão <strong>de</strong> pretensões <strong>de</strong> valida<strong>de</strong>.Na visão <strong>de</strong> Habermas (1989), o agir orientado ao entendimento a situação <strong>de</strong>ação correspon<strong>de</strong> a uma situação <strong>de</strong> fala, em que os sujeitos, alternadamente,assumem papéis <strong>de</strong> falante, ouvinte e participante. Uma vez que, para o autor asperspectivas dos participantes dizem respeito aos papéis <strong>de</strong>sempenhados pela

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!