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Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

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64sujeitos envolvidos “se constituem em processos em que há transferência, jogossimbólicos dos quais não temos o controle e nos quais o equívoco – o trabalho dai<strong>de</strong>ologia e do inconsciente – estão largamente presentes”.Segundo Mazière (2007), é necessário o estabelecimento do corpus naanálise <strong>de</strong> discurso, em que se <strong>de</strong>fine a construção <strong>de</strong> um dispositivo <strong>de</strong> observação“[...] apto a revelar, a permitir apreen<strong>de</strong>r o objeto discurso que ele se dá por tarefainterpretar” (p.15). Para a autora, o analista <strong>de</strong>limita, organiza fragmentos, sejameles mais ou menos longos, tendo em vista colocá-los em análise, pois é possível,através do discurso, uma investigação que permite estabelecer um corpus.Para Pêcheux (1995, p. 160), dar sentindo <strong>de</strong> uma palavra, <strong>de</strong> umaexpressão, <strong>de</strong> uma proposição é averiguar não o significante, mas o que está<strong>de</strong>terminado pelas posições i<strong>de</strong>ológicas “[...] que estão em jogo no processo sóciohistóricono qual as palavras, expressões e proposições são produzidas (isto é,reproduzidas)”. De acordo com o autor, as palavras, as expressões e as proposiçõesmudam <strong>de</strong> sentido a partir das suas posições sustentadas por aqueles que areproduzem. Com isso, Pêcheux enfatiza que a partir da posição sustentada emuma <strong>de</strong>terminada conjuntura, tem-se a formação discursiva, em que se <strong>de</strong>finirá oque po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ser dito, seja em forma <strong>de</strong> um sermão, <strong>de</strong> um panfleto, <strong>de</strong> umaexposição, etc. De acordo com Orlandi (2003), a formação discursiva permite aoanalista compreen<strong>de</strong>r o processo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> sentidos, bem como possibilitaaveriguar a relação que se estabelece com a i<strong>de</strong>ologia, ou seja, representa nodiscurso a formação i<strong>de</strong>ológica. Do mesmo modo, é possível compreen<strong>de</strong>r atravésdo funcionamento do discurso os diferentes sentidos, em que se i<strong>de</strong>ntificam diversossentidos em formações discursivas diferentes.Pêcheux (1995, p. 163) enfatiza, em seus pressupostos, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>examinar as proprieda<strong>de</strong>s discursivas da forma-sujeito, <strong>de</strong> forma que o indivíduo ésujeito <strong>de</strong> seu discurso a partir da i<strong>de</strong>ntificação da formação discursiva. Isso odomina, do mesmo modo <strong>de</strong>vem-se levar em consi<strong>de</strong>ração os elementos dointerdiscurso, que constituem no discurso do sujeito “[...] os traços daquilo que o<strong>de</strong>termina, são re-inscritos no discurso do próprio sujeito”. O autor caracteriza ointerdiscurso <strong>de</strong> duas formas, como “pré-construído” e “articulação”. O interdiscurso

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