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Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

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18<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> forças abstratas alienantes <strong>de</strong>correntes do mercado competitivoglobalizado. Com isso, pensa-se que é neste meio da valorização da produção e dolucro que está presente o trabalho do professor, regido por políticas educacionaisque visam o recebimento, das entida<strong>de</strong>s externas, tais como FMI, Banco Mundial, <strong>de</strong>quantias em dinheiro que não entram em seu bolso. Este meio po<strong>de</strong> vir a corroborarou não o <strong>de</strong>senvolvimento da criação, da transformação, da aprendizagem comprazer. É um trabalho que po<strong>de</strong> vir a tornar-se um trabalho alienado.Marx (1967, p.93), em seu texto do Primeiro Manuscrito traz o conceito <strong>de</strong>trabalho alienado, segundo as leis da Economia Política. Para o teórico, a alienaçãodo trabalho se constitui da seguinte maneira:Primeiramente, ser o trabalho externo ao trabalhador, não fazer parte <strong>de</strong>sua natureza, e, por conseguinte, ele não se realizar em seu trabalho masnegar a si mesmo, ter um sentimento <strong>de</strong> sofrimento em vez <strong>de</strong> bem-estar,não <strong>de</strong>senvolver livremente suas energias mentais e físicas mas fisicamenteexausto e mentalmente <strong>de</strong>primido. O trabalhador, portanto, só se sente àvonta<strong>de</strong> em seu tempo <strong>de</strong> folga, enquanto no trabalho se sente contrafeito.Seu trabalho não é voluntário, porém imposto, é trabalho forçado. Ele não éa satisfação <strong>de</strong> uma necessida<strong>de</strong>, mas apenas um meio para satisfazeroutras necessida<strong>de</strong>s. Seu caráter alienado é claramente atestado pelo fato<strong>de</strong>, logo que não haja compulsão física ou outra qualquer, ser evitado comouma praga. O trabalho exteriorizado, trabalho em que o homem se aliena asi mesmo, é um trabalho <strong>de</strong> sacrifício próprio, <strong>de</strong> mortificação. Por fim, ocaráter exteriorizado do trabalho para o trabalhador é <strong>de</strong>monstrado por nãoser o trabalho <strong>de</strong>le mesmo mas trabalho para outrem, por no trabalho elenão se pertencer a si mesmo mas sim outra pessoa.Segundo a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Marx (1967), o trabalho alienado aliena a naturezahumana, ou seja, aliena a vida física e mental humana; aliena o homem <strong>de</strong> simesmo, alienando a sua função ativa, o seu fazer; aliena a vida-espécie do homem,em que o sentido daquilo que produz não existe mais, é um ente estranho, apenas ofaz para a sua sobrevivência; e o trabalho aliena o homem por meio <strong>de</strong> outroshomens, pois se evi<strong>de</strong>ncia a relação com os outros homens, o trabalho <strong>de</strong>les e, porconseguinte, com o objeto <strong>de</strong>sse trabalho.Partindo <strong>de</strong>sta reflexão acerca do trabalho alienado <strong>de</strong>finido por Marx, otrabalho docente po<strong>de</strong> vir a ser entendido a partir <strong>de</strong>ste conceito, principalmentecom a aspiração da socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> que a escola seja um marco na garantia daformação cultural, científica para a vida pessoal, profissional e cidadã (UNESCO,

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