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Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

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30Habermas (BANNELL, 2006, p. 94) conceitua ainda que “é naspotencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interação mediada pela linguagem, que po<strong>de</strong>mos achar a chavepara a emancipação”. O educador, ao alienar-se pelo seu trabalho (MARX, 1967),aliena-se a si mesmo, à sua natureza e é alienado por outros homens, e nãoconsegue vislumbrar, em um primeiro momento, as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reflexãoacerca da sua ativida<strong>de</strong>. Mas, através da ação comunicativa, com os <strong>de</strong>maisprofessores da mesma instituição escolar, se embasa um processo cooperativo <strong>de</strong>interpretação, em que os educadores conjuntamente se referem a aspectos do seumundo social, mundo social e do mundo subjetivo.De acordo com o filósofo, o conceito <strong>de</strong> mundo po<strong>de</strong> ser entendido como umconceito complementar à ação comunicativa, uma vez que é por meio do mundo davida que os agentes comunicativos se movem pela troca estrutural da socieda<strong>de</strong> ese transformam à medida que se produz esta troca. Habermas (1987) afirma que aação orientada para o entendimento se distingue em três relações do ator-mundo,ou seja, um falante ao executar um ato da fala está fazendo uso <strong>de</strong> uma relaçãopragmática.A ação comunicativa se embasa em um processo <strong>de</strong> cooperação entre osparticipantes, pois estes se referem simultaneamente a algo do mundo objetivo, domundo social e do mundo subjetivo, ou a uma manifestação <strong>de</strong> um dos trêscomponentes. Segundo Habermas (1987, p. 171), falantes e ouvintes fazem parte<strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> referência que constitui os três mundos, “[...] <strong>de</strong>l cual elaboran las<strong>de</strong>finiciones comunes <strong>de</strong> su situación <strong>de</strong> acción 4 ”. O filósofo compreen<strong>de</strong> que parase <strong>de</strong>senvolver uma ação comunicativa é necessário ter um entendimento, isto é,uma congruência entre os participantes na comunicação acerca da valida<strong>de</strong> daemissão; e um acordo, em que significa um reconhecimento intersubjetivo dapretensão <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> levantada pelo falante.Para Marx (1967), a emancipação do trabalho alienado é possível através <strong>de</strong>um processo que abrange não só os trabalhadores, mas toda a humanida<strong>de</strong>, umavez que para Marx o trabalho faz parte do humano. Segundo o autor, a servidão4 Do qual elaboram as <strong>de</strong>finições comuns <strong>de</strong> sua situação <strong>de</strong> ação.

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