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Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

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74bem potente...”. Para as autoras, os participantes <strong>de</strong> sua pesquisa <strong>de</strong>monstraramuma gran<strong>de</strong> preocupação com a qualida<strong>de</strong> da educação, bem como, com a falta <strong>de</strong>reconhecimento da intensificação do trabalho <strong>de</strong>sempenhado e com a própriaformação continuada.Em outra proposta feita pelo grupo <strong>de</strong> pesquisadoras, houve oquestionamento acerca do tempo <strong>de</strong>dicado ao trabalho e a carência referente aotempo <strong>de</strong>dicado ao lazer e a família. Segundo o discurso <strong>de</strong> um dos docentes: “Ohorário <strong>de</strong> trabalho é que organiza os outros horários <strong>de</strong> nossa vida...”(DUARTE,OLIVEIRA, AUGUSTO E MELO, p. 226, 2008). Para as autoras, mesmo fora daescola os professores <strong>de</strong>sempenham tarefas referentes à docência, não havendoum momento para ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lazer e estudo.Mesmo fora da escola, os professores <strong>de</strong>sempenham tarefas concretasrelacionadas à docência, além <strong>de</strong> se preocuparem com os alunos. Apreparação das aulas, por exemplo, acontece na maioria das vezes à noite,juntamente com outras ativida<strong>de</strong>s, como assistir a TV, ou mesmo orientar astarefas escolares, uma vez que parcela significativa <strong>de</strong> professores trabalhaem dois turnos ou mais (na mesma escola ou em escolas diferentes). Hátambém a presença marcante do trabalho doméstico entre as professoras,que representa uma carga <strong>de</strong> trabalho agregada. Com isso, o tempo <strong>de</strong><strong>de</strong>scanso e <strong>de</strong> lazer e o espaço para a criação eram comprometidos,reforçando a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> homem-máquina com uma rotina alienante. (DUARTE,OLIVEIRA, AUGUSTO E MELO, p. 226-227, p. 2008).Já, as professoras <strong>de</strong>sta pesquisa, não conseguiram colocar uma forma <strong>de</strong>lazer ou estudo fora do ambiente <strong>de</strong> trabalho, entretanto, enfatizaram o quanto seriabenéfico a elas, uma vez que possibilitaria <strong>de</strong>ixar a rotina um pouco mais leve. D:“Ultimamente eu tenho <strong>de</strong>itado... e aí podia... surge alguma coisa e aí eu anoto... euposso esquecer, aí eu anoto... a gente não <strong>de</strong>sliga...”.A proposta apresentada no quarto encontro foi à obra <strong>de</strong> arte MulheresProtestando <strong>de</strong> Di Cavalcanti, em que teve como objetivo propor ao grupo <strong>de</strong>discussão a problematização acerca do sentido da organização política da categoria<strong>de</strong> trabalhadores da educação. A marca lingüística <strong>de</strong>staca-se no referido discurso:D. Eu acho que per<strong>de</strong>u muito... com a greve per<strong>de</strong>u tudo... eu acredito que per<strong>de</strong>ubastante... que per<strong>de</strong>u tudo que po<strong>de</strong>ríamos ter conquistado... per<strong>de</strong>u a força. Nestamarca lingüística, observa-se que apesar <strong>de</strong> sentirem-se <strong>de</strong>slegitimadas, gostariam<strong>de</strong> manter a qualida<strong>de</strong>. Entretanto, as docentes não sabem como proce<strong>de</strong>r para

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