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Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

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56Habermas (1987) enfatiza que o mundo da vida, na ação comunicativa,possui caráter <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> referência, em que o falante e o ouvinte seenten<strong>de</strong>m <strong>de</strong>s<strong>de</strong> e a partir do mundo da vida em comum, ou seja, do mundoobjetivo, do mundo social e do mundo subjetivo. Para o filósofo, o levantamento <strong>de</strong>pretensões <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> acerca do mundo da vida visa o entendimento possível <strong>de</strong>situações problemáticas <strong>de</strong>correntes da invasão sistêmica no mundo da vida, querequerem um acordo intersubjetivo. Da mesma forma, Freire (1999) em sua propostanos Círculos <strong>de</strong> Cultura propôs uma educação que colaborasse para a organizaçãoreflexiva do pensamento, pois o autor queria uma colaboração com o povo. Paraisso, Freire (1999) produziu um método <strong>de</strong> interação que buscava criticizar situações<strong>de</strong>safiadoras e existenciais para o grupo <strong>de</strong> alunos. Este autor, por sua vez, utilizouobras <strong>de</strong> arte do pintor brasileiro Vicente <strong>de</strong> Abreu, com o intuito <strong>de</strong> fazer umaintegração da educação com a arte no seu método <strong>de</strong> alfabetização <strong>de</strong> jovens eadultos.Para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta pesquisa se propôs a utilização <strong>de</strong> obras <strong>de</strong>arte, como uma ferramenta que corrobore para as tematizações acerca do mundo davida. Marcuse (1999, p. 19) fala que a arte po<strong>de</strong> ser vista como uma acusação darealida<strong>de</strong> existente, ou seja, para o autor a arte transcen<strong>de</strong> “a sua <strong>de</strong>terminaçãosocial e se emancipa a partir do universo real do discurso e do comportamento,preservando, no entanto, a sua presença esmagadora”. Do mesmo modo, Marcuseenfatiza que a arte é capaz <strong>de</strong> aparecer como a verda<strong>de</strong>ira realida<strong>de</strong>, bem comopossibilitar aos sujeitos a percepção <strong>de</strong> mundo alienante da sua existência eatuação funcional na socieda<strong>de</strong>. Segundo Marcuse (1999, p. 30), a obra <strong>de</strong> artepo<strong>de</strong> ser uma ferramenta <strong>de</strong> reconhecimento, acusação e esperança. De acordocom o autor, a arte possui um valor emancipatório, à medida que exprime umaconsciência <strong>de</strong> crise, “uma rebelião subterrânea contra a or<strong>de</strong>m social”.Habermas (1987) coloca que uma das três relações ator-mundo, que faz partedo mundo da vida, diz respeito ao estético-expressivo, pois o filósofo compreen<strong>de</strong>que o mundo subjetivo é algo que os outros atores atribuem ao mundo subjetivo dofalante, ou seja, diz respeito às próprias vivência do sujeito, sendo que este possuium acesso privilegiado. Como caracteriza Habermas acerca das particularida<strong>de</strong>s domundo subjetivo na relação ator-mundo, Marcuse (1999) aponta que a arte po<strong>de</strong> ser

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