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Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

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39primeira e segunda pessoa, bem como a perspectiva do observador correspon<strong>de</strong> aopapel do observador, em que a relação eu-tu po<strong>de</strong> ser observadaintersubjetivamente e, com isso ser colocada em questão.Freitag (2005, p. 42) pontua que Habermas, ao se apropriar dos trabalhos <strong>de</strong>Mead e Durkheim, introduz uma mudança do paradigma da razão instrumental paraa razão comunicativa. Mead e Durkheim, “preocuparam-se em <strong>de</strong>senvolver umateoria da ação a partir da perspectiva “<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro”, i. é, assumindo a posição dosatores”. Segundo Freitag (2005), Habermas <strong>de</strong>senvolve outro conceito para explicara complexida<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna, em que o coloca no plano da açãocomunicativa: mundo da vida e sistema.Habermas (1987), ao enfatizar sua teoria da ação orientada ao entendimentotraz para a reflexão seu conceito <strong>de</strong> mundo da vida, que, por sua vez, é um conceitocomplementar da ação comunicativa. De acordo com Habermas (1987), seuparadigma <strong>de</strong> trabalho mundo da vida foi <strong>de</strong>senvolvido a partir do conceitofenomenológico da forma <strong>de</strong> vida do último Husserl. Habermas, ao abandonar ascategorias da filosofia da consciência, em que Husserl trabalha com a problemáticado mundo da vida, enten<strong>de</strong> que este conceito é um conjunto <strong>de</strong> padrões <strong>de</strong>interpretação que são transmitidos pela cultura e organizados linguisticamente, istoé, a linguagem e a cultura constituem o mundo da vida.Freitag (2005) caracteriza que o mundo vivido, isto é, o mundo da vida <strong>de</strong>acordo com Habermas, apresenta-se <strong>de</strong> acordo com duas facetas: a primeiracorrespon<strong>de</strong> à continuida<strong>de</strong>, pois é a partir <strong>de</strong>sta característica que se <strong>de</strong>senvolve areprodução cultural, a integração social e a socialização; a segunda faceta dizrespeito à mudança, uma vez que, caracteriza-se por um lugar on<strong>de</strong> acontecemquestionamentos e reformulações das pretensões <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> acerca dos trêsmundos. Para a autora, é no mundo vivido que se po<strong>de</strong> contestar “[...] a verda<strong>de</strong> dosfatos, a valida<strong>de</strong> das normas e a veracida<strong>de</strong> das manifestações subjetivas”(FREITAG, 2005, p. 43).Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> Freitag (2005), o mundo vivido representa um “lugartranscen<strong>de</strong>ntal”, pois é nele que se encontram os diferentes aspectos da vida social

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