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Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

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192004). Da mesma forma, há uma gama <strong>de</strong> competências que os educadoresnecessitam <strong>de</strong>sempenhar no cotidiano da instituição escolar, que muitas vezes nãoestão preparados para <strong>de</strong>sempenhar, ou contestam estas atribuições. O professorpassa a rever o sentido <strong>de</strong> educar na atualida<strong>de</strong>, a dominar uma gama maior <strong>de</strong>conhecimentos, a estar comprometido permanentemente com a construção daescola e com sua dinâmica, bem como passa a compreen<strong>de</strong>r o espaço on<strong>de</strong> atua,seus alunos e seus conhecimentos e expectativas.Para Cortesão (2002), a escola almeja ter um educador que saiba<strong>de</strong>sempenhar o papel do bom professor, pois, <strong>de</strong> acordo com as idéias da autora obom professor é aquele que é competente, aquele que sabe traduzir as teorias aosalunos, em uma linguagem clara e ao mesmo tempo utilizando jargões próprios dadisciplina que leciona. Este professor, por sua vez, é aquele que apresenta umaposição <strong>de</strong> “professor monocultural”, preten<strong>de</strong>ndo apenas <strong>de</strong>sempenhar o seu papelpara um melhor funcionamento do sistema escolar, pois está disposto a reproduzirconhecimento aos alunos. Freire (2005) já falava em seu texto sobre uma “educaçãobancária” enquanto um instrumento <strong>de</strong> opressão, em que o educador é o<strong>de</strong>positante e o aluno o <strong>de</strong>positário. Neste tipo <strong>de</strong> educação, o docente faz“comunicados” e <strong>de</strong>pósitos aos alunos, e estes recebem, memorizam e repetem oconhecimento transmitido pelos professores.Na visão da “bancária” da educação, o “saber” é uma doação dos que sejulgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa dasmanifestações instrumentais da i<strong>de</strong>ologia da opressão – a absolutização daignorância, que constitui o que chamamos <strong>de</strong> alienação da ignorância,segundo a qual esta se encontra sempre no outro (FREIRE, 2005, p. 67).Os autores mostram, em seus textos, um professor que <strong>de</strong>sempenha umtrabalho alienado, pois nas idéias <strong>de</strong> Cortesão (2002), ele apenas quer fazer o seutrabalho, sem envolver-se no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem dos alunos. Já noconceito <strong>de</strong> educação bancária <strong>de</strong> Freire (2005), o docente preocupa-se comtransmitir conhecimento, mesmo que este seja alienante aos alunos, transformandoosem sujeitos não pensantes e sem criativida<strong>de</strong>. Por isso mesmo, estes conceitosvão ao encontro do conceito <strong>de</strong> trabalho alienado proposto por Marx (1967), umavez que o trabalho docente mostra-se um trabalho sem criação, sem transformação,alienando a si mesmo e, conseqüentemente, a seus alunos. Po<strong>de</strong>-se pensar que

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