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Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

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46evi<strong>de</strong>nciar o significado do termo estética na história, em especial a partir da meta<strong>de</strong>do século XVIII, nos pressuposto <strong>de</strong> Kant e Schiller.Marcuse cita Kant, ao enfatizar que a estética é uma terceira “faculda<strong>de</strong>”mental do sujeito entre a razão prática e a razão teórica. Pois, para Kant a razãoteórica oferece os princípios cognitivos, do conhecimento, Já a razão prática vemoferecer os princípios do <strong>de</strong>sejo, da vonta<strong>de</strong>, enquanto a terceira faculda<strong>de</strong>, ojulgamento, seria uma mediação entre as <strong>de</strong>mais, principalmente acerca dossentimentos <strong>de</strong> dor e prazer. Kant enfatiza, segundo Marcuse, que no sentimento <strong>de</strong>prazer, o julgamento é estético e o seu campo <strong>de</strong> aplicação é a arte.Da mesma forma, Marcuse cita Schiller (1972, p. 166) ao pontuar que paraeste autor há duas dimensões da existência humana que são antagônicas, o impulsosensual e o impulso formal. O impulso sensual caracteriza-se como passivo ereceptivo, já o impulso formal é ativo <strong>de</strong> dominador. Para Schiller, segundo Marcuse(1972), a cultura é resultado da combinação e da interação <strong>de</strong>stes dois impulsos.Mas na civilização estabelecida, a sua relação tem sido antagônica; em vez<strong>de</strong> reconciliar ambos os impulsos, tornando a sensualida<strong>de</strong> racional e arazão sensual, a civilização submeteu a sensualida<strong>de</strong> à razão <strong>de</strong> modo talque a primeira, se acaso logra <strong>de</strong> reafirmar-se, o faz através <strong>de</strong> formas<strong>de</strong>strutivas e “selvagens”, enquanto a tirania da razão empobrece ebarbariza a sensualida<strong>de</strong>.Para que haja uma reconciliação entre os impulsos, é necessária para Schiller(apud MARCUSE, 1972) a introdução <strong>de</strong> um terceiro impulso, caracterizado como oimpulso lúdico. Este impulso, por sua vez, objetiva a beleza e a liberda<strong>de</strong>, uma vezque é a partir da liberda<strong>de</strong> que a imaginação emerge, possibilitando tornar o sujeitoum ser liberto <strong>de</strong> coerções. Com isso, a dimensão estética schilleriana atribui aoimpulso lúdico um fator <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, em que a razão <strong>de</strong>ve ser reconciliada com osinteresses dos sentidos.Marcuse (1999) fala em seu texto <strong>de</strong> uma proposta <strong>de</strong> ver a arte como umaverda<strong>de</strong>, uma experiência e principalmente como uma revolução. A sua crítica aomarxismo diz respeito ao tratamento dado por este à arte, ou seja, Marcuse coloca a

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