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Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

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60conhecer melhor aquilo que faz do homem um ser especial com suacapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> significar e significar-se.A autora enfatiza que a análise <strong>de</strong> discurso concebe a linguagem enquantouma mediação necessária entre o homem e sua realida<strong>de</strong> natural e social. Domesmo modo, esta mediação para Orlandi diz respeito a uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>permanência e <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>, bem como <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento e <strong>de</strong> transformação dohomem com a sua realida<strong>de</strong> existente. Para a autora, o discurso constitui-se nabase da produção da existência do homem.Orlandi (2001) pontua que a análise <strong>de</strong> discurso não trabalha com a língua noseu caráter abstrato, mas a língua enquanto movimento e geradora <strong>de</strong>possibilida<strong>de</strong>s aos homens <strong>de</strong> significar e criar sentidos acerca <strong>de</strong> suas vidas e dasocieda<strong>de</strong> na qual estão inseridos. Já para Habermas (1987) a linguagem é ação,em que a ação comunicativa é um processo cooperativo <strong>de</strong> interpretação simultâneados três mundos ou <strong>de</strong> apenas um <strong>de</strong>les. O filósofo compreen<strong>de</strong> que é a partir dodiscurso, isto é, das tematizações, que se po<strong>de</strong> obter o entendimento nacomunicação acerca da pretensão <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> levantada pelos sujeitos.Segundo Orlandi (2001), o discurso po<strong>de</strong> ser uma via <strong>de</strong> entendimento acercada i<strong>de</strong>ologia. A autora cita Pêcheux (apud ORLANDI, 2001, p. 17) ao enfatizar que“não há discurso sem sujeito e não há sujeito sem i<strong>de</strong>ologia: o indivíduo éinterpelado em sujeito pela i<strong>de</strong>ologia e é assim que a língua faz sentido”. Orlandicompreen<strong>de</strong> que o discurso é o lugar on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> observar a relação entre alíngua e a i<strong>de</strong>ologia, bem como enten<strong>de</strong>r os sentidos produzidos para os/porsujeitos. Habermas (1987) enten<strong>de</strong> a i<strong>de</strong>ologia enquanto uma via <strong>de</strong> colonização domundo da vida, em que a ação comunicativa corrobora para a não automatização etecnificação das vivências cotidianas. Esta colonização diz respeito ao sistema, que,segundo Habermas (1987) po<strong>de</strong> se entendido como uma re<strong>de</strong> abstrata relativa àburocracia e funcionamento <strong>de</strong> regras das instituições, pois possui como meio <strong>de</strong>controle o dinheiro e o po<strong>de</strong>r. A ação comunicativa vem proporcionar oesclarecimento dos pontos <strong>de</strong> vista, uma vez que é através do discurso que seobtém a verda<strong>de</strong> e o consenso na cooperação dos sujeitos envolvidos.

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