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Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

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35pretensões <strong>de</strong> valida<strong>de</strong>, pois para o filósofo é a partir da argumentação que se po<strong>de</strong>tematizar algo do mundo. Habermas (2003) compreen<strong>de</strong> a argumentação como umtipo <strong>de</strong> fala, em que os sujeitos tematizam suas pretensões <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> porintermédio <strong>de</strong> argumentos. Do mesmo modo, o filósofo enfatiza que asmanifestações ou emissões são suscetíveis <strong>de</strong> crítica e correção, ou seja, ossujeitos po<strong>de</strong>m corrigir suas falhas e i<strong>de</strong>ntificar os erros cometidos.Segundo Habermas (2003, p. 37), o conceito <strong>de</strong> fundamentação estáintimamente relacionado com a aprendizagem, uma vez que “[...] los procesos <strong>de</strong>aprendizaje juega la argumentación un papel importante 7 .” Para refletir acerca darelação entre aprendizagem e fundamentação, Habermas caracteriza em seu textoos tipos <strong>de</strong> argumentação, conforme a teoria da argumentação <strong>de</strong> Toulmin. Odiscurso teórico diz respeito à forma <strong>de</strong> argumentação que se traduz em pretensões<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, suscetíveis <strong>de</strong> problematização. O discurso prático caracteriza-se comoum argumento colocado enquanto tema, convertendo-se em pretensões <strong>de</strong> correçãonormativa. O discurso explicativo correspon<strong>de</strong> a uma forma <strong>de</strong> argumentação queproblematiza as expressões simbólicas, isto é, se estão formadas ou corretas, umavez que este tipo <strong>de</strong> discurso converte-se em pretensões <strong>de</strong> vali<strong>de</strong>z.Da mesma forma, Habermas (2003, p. 40) caracteriza uma forma <strong>de</strong>reconhecimento intersubjetivo “que se forma en torno a los valores culturales noimplica todavia en modo alguno una pretensión <strong>de</strong> aceptabilidad culturalmentegeneral o incluso universal 8 .” Este tipo <strong>de</strong> argumentação, a crítica estética, não secaracteriza como as condições do discurso, pois diz respeito a uma forma <strong>de</strong>argumentação que correspon<strong>de</strong> à justificação <strong>de</strong> valores, ou seja, <strong>de</strong> expressões dalinguagem avaliativa. Habermas pontua ainda a crítica terapêutica como um tipo <strong>de</strong>argumentação que se propõe pôr fim às ilusões sistemáticas.Para Habermas, as argumentações po<strong>de</strong>m tornar o comportamento racional,uma vez que elas estão relacionadas com a aprendizagem.7 Os processos <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong>sempenham na argumentação um papel importante.8 Que se forma em torno dos valores culturais não implica, todavia em modo algum uma pretensão <strong>de</strong>aceitabilida<strong>de</strong> geral ou até mesmo universal.

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