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Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

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42De acordo com Freitag (2005), há dois processos significativos que marcam apassagem das socieda<strong>de</strong>s primitivas para as socieda<strong>de</strong>s capitalistas, em que paraHabermas o primeiro consiste na disjunção do mundo da vida e sistema e, osegundo diz respeito à “colonização” do mundo da vida pelo sistema. Freitag (2005,p. 47) caracteriza que a disjunção do mundo da vida e sistema <strong>de</strong>senvolveu-se apartir <strong>de</strong> mecanismos autônomos <strong>de</strong> integração e racionalização: “[...] a integraçãosocial, assegurada por pela ação comunicativa, <strong>de</strong>ntro do mundo vivido, e aintegração sistêmica, assegurada por mecanismos que dispensam, em princípio, aregulamentação consensual”.Segundo Habermas (1987), o <strong>de</strong>sacoplamento da integração social e daintegração sistêmica caracteriza-se por uma diferenciação na coor<strong>de</strong>nação da ação,sendo que esta, por sua vez, produz-se através do consenso dos participantes daação na integração social, bem como pelos laços funcionais da ação na integraçãosistêmica. Na integração social, a autora enfatiza que Habermas diferencia os trêssubsistemas estruturais, isto é, a cultura, socieda<strong>de</strong> e a personalida<strong>de</strong>. Já aintegração sistêmica diz respeito ao sistema econômico e político, em que paraHabermas o dinheiro e a burocracia constituem os mecanismos atuantes (FREITAG,2005).Freitag (2005) afirma que o segundo processo que Habermas enfatiza apassagem para a socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna, é a “colonização” do mundo da vida pelosmecanismos atuantes na integração sistêmica. Para a autora, esta “colonização”correspon<strong>de</strong> a uma substituição gradual da ação comunicativa, ou seja, <strong>de</strong>ntro daesfera do mundo da vida, pelos mecanismos dinheiro e po<strong>de</strong>r. De acordo comHabermas (1987), a integração sistêmica, ao atacar a integração social, possibilitauma instrumentalização da estrutura comunicativa do mundo da vida. Estainstrumentalização é chamada por Habermas (1987) uma violência estrutural, poiscorrespon<strong>de</strong> a uma restrição significativa na comunicação do mundo objetivo, domundo social e do mundo subjetivo.Por outro lado, Habermas admite que na socieda<strong>de</strong> capitalista existampotenciais <strong>de</strong> racionalida<strong>de</strong> latentes circunscritos nas estruturas, bem como ativosnos subsistemas da socieda<strong>de</strong>. O autor enfatiza, em especial, o sistema jurídico

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