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Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

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76Com isso, ao colocar as instituições <strong>de</strong> representação da categoria <strong>de</strong>trabalhadores da educação como agentes que <strong>de</strong>veriam representar os interessesdos professores acabam por explorar outras vias <strong>de</strong> acesso para dialogar comsocieda<strong>de</strong>, como exemplo a greve. Para as participantes da pesquisa, a greve foi umdivisor <strong>de</strong> águas na profissão, uma vez que para elas as paralisações acabaramestragando a carreira docente em <strong>de</strong>corrência da falta <strong>de</strong> diálogo entre professorese Estado.De acordo com Weber (2003), a categoria <strong>de</strong> professores foi em meados dadécada <strong>de</strong> 80 uns dos gran<strong>de</strong>s agentes <strong>de</strong> mudanças no país, principalmente acercada qualida<strong>de</strong> do ensino e da <strong>de</strong>mocratização da socieda<strong>de</strong> brasileira. Para o autor, oCPERS/Sindicato no fim da década <strong>de</strong> 70 contribuiu para reforçar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>formação <strong>de</strong> professores, pois almejava ver a classe trabalhadora da educaçãoequiparada como pessoal <strong>de</strong> nível superior, mesmo contrariando a proposta dogoverno do Estado da época.A natureza remuneratória <strong>de</strong>ssa preocupação fica, aliás, patente no <strong>de</strong>bateencetado pelo CPERS para obter o enquadramento do professorado comopessoal <strong>de</strong> nível superior on<strong>de</strong> é encontrada uma sistematizaçãoconsistente das tarefas docentes. A sua posição é exposta no seu Boletim,em momento <strong>de</strong> conflito com o governo do estado quanto à aplicação da Lein. 6.672/1974, que, segundo a entida<strong>de</strong>, “na sua sabedoria assegurou aoprofessor um lugar no conjunto das profissões. Queremos ver resguardadanossa formação e titulação. Queremos o Magistério equiparado com opessoal <strong>de</strong> nível superior”. Para o CPERS, essa luta constitui “umaretomada do Magistério gaúcho, na sua caminhada pelo reconhecimentoobjetivo e concreto <strong>de</strong> sua função social e do valor da própria educação,como processo prioritário e essencial na formação e preparo do indivíduopara a vida comunitária e cultural”. (WEBER, 2003, p. 1143-1144).O autor enfatiza que o Cpers/Sindicato, enquanto entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>fensora daprofissão e dos direitos dos trabalhadores da educação do Estado do Rio Gran<strong>de</strong> doSul, foi um órgão importante para a o trabalho docente. Entretanto, o discurso dasparticipantes do estudo diz respeito a uma virada <strong>de</strong> interesses acerca da instituiçãosindical no Estado. Para as docentes, o sindicato promovia lutas e apoiava reaisinteresses dos trabalhadores da educação, porém a partir da sua inserção à CUT(Central Única dos Trabalhadores) passou a vigorar a luta por interesses pessoaispor cargos políticos e entre outros que não condizem com as necessida<strong>de</strong>s dacategoria <strong>de</strong> professores, como coloca o discurso da docente: D. Eu acho que

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