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Maria Odila Finger Fernandes Lima - UNISC Universidade de Santa ...

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72com o carinho e com proteção, pois são características, segundo elas, relacionadastambém a uma extensão ao papel <strong>de</strong> mãe.Neste encontro, ficou evi<strong>de</strong>nte a tematização acerca das características daprofessora sobre o mundo subjetivo <strong>de</strong> Habermas (1987). As participantestrouxeram muitas experiências em sala <strong>de</strong> aula, bem como sentimentos que sãoexpressos na relação professor-aluno. Por outro lado, a apresentação da obra <strong>de</strong>Renoir possibilitou expressão real das suas experiências, pois como coloca Marcuse(1999) é na obra <strong>de</strong> arte que é possível ultrapassar o <strong>de</strong>senvolvimento social, isto é,aflorar o mundo da vida dos protagonistas.O terceiro encontro da pesquisa teve como emersão <strong>de</strong> sentidos a obra Apersistência da Memória ou Relógios Moles <strong>de</strong> Salvador Dalí. Este encontroobjetivou problematizar o sentido do tempo para ao trabalho docente, em que ogrupo <strong>de</strong> discussão trouxe como marca lingüística o seguinte discurso: D. Ás vezeseu não gosto nem <strong>de</strong> olhar para o relógio... não gosto... nem uso relógio mais. Osefeitos <strong>de</strong> sentidos i<strong>de</strong>ntificados nessa marca lingüística, diz respeito a uma nãoseparação entre o tempo do trabalho e o tempo do lazer, que por sua vez, acabapesando para as docentes. Por outro lado, mostra que elas estão envolvidas semprecom o seu trabalho, mesmo quando não estão na instituição escolar.Po<strong>de</strong>-se pensar que o tempo para as professoras é fruto <strong>de</strong> uma proposta <strong>de</strong>trabalho alienado, pois para Marx o sujeito ao alienar-se mental e fisicamente, alienao seu fazer e o produto do seu trabalho, fazendo-o apenas para sua sobrevivência.Ao se comparar o trabalho docente com tais características propostas pelo teórico,reflete-se que o trabalho <strong>de</strong>sempenhado pelas professoras em seus discursos éresultado <strong>de</strong> um ofício que não apresenta ser agradável, bem como não seconseguem explorar alternativas <strong>de</strong> lazer para recompensar esta dura jornada.Para Habermas (2000, p.117-118), o paradigma da produção “[...] adapta-seapenas à explicação do trabalho, e não da interação, para <strong>de</strong>terminar aquelaformação social que provocará uma separação institucional entre a esfera técnica ea social”. Com isso, as docentes ao colocarem que não há tempo para lazer na suarotina escolar explicitam o paradigma da produção, pois não há espaço para outras

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