cepal-desafios
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No século XXI os países da América Latina estão experimentando<br />
um aprofundamento de suas democracias, processo acompanhado<br />
de reflexão e visão crítica do desenvolvimento e com o crescente<br />
convencimento de que este deve concentrar-se na igualdade com<br />
uma perspectiva de direitos. Isto supõe enfrentar as desigualdades<br />
que persistem na região, em particular aquelas que afetam os<br />
povos indígenas, que sempre foram excluídos e discriminados.<br />
Implica também garantir o igual desfrute dos direitos humanos<br />
das pessoas indígenas e, ao mesmo tempo, o direito a serem<br />
coletivos diferentes. Este século se inicia com o reconhecimento<br />
dos direitos dos povos indígenas e seu inegável protagonismo nas<br />
agendas nacionais e internacionais.<br />
No último período da Segunda Década Internacional dos<br />
Povos Indígenas cabe perguntar quanto e como se avançou<br />
na implementação de seus direitos, e quanto e como se está<br />
avançando na construção de democracias multiculturais. Este<br />
estudo, elaborado por ocasião da Conferência Mundial sobre os<br />
Povos Indígenas, contribui com evidências empíricas a mostrar<br />
os indiscutíveis avanços da região nessa esfera durante a última<br />
década, bem como as contradições e dificuldades experimentadas,<br />
e os <strong>desafios</strong> urgentes que devem ser considerados nos processos<br />
de implementação e acompanhamento da agenda para o<br />
desenvolvimento depois de 2015.<br />
A CEPAL reconhece neste documento a contribuição dos povos<br />
indígenas à construção de um novo paradigma do desenvolvimento<br />
e oferece recomendações de política para passar dos novos tratos<br />
aos novos pactos. Como indicou a Secretária Executiva, Alicia<br />
Bárcena, isso “não só constitui um tema de justiça social, mas<br />
também contribuirá abundantemente para cimentar as mudanças<br />
profundas de que necessitam a região e o mundo, assentando<br />
bases mais sólidas para a paz mundial”.