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Os Povos Indígenas na América Latina • Síntese<br />

da violência e suas manifestações, segundo as suas perspectivas;<br />

incorporar as crianças e jovens indígenas, para saber o que<br />

pensam e como vivem a violência, e trabalhar com os homens,<br />

os representantes do governo e as autoridades ancestrais e<br />

tradicionais das comunidades e representantes dos setores da<br />

saúde e educação.<br />

• Os processos de empoderamento das mulheres indígenas<br />

continuam sendo essenciais para enfrentar as situações de<br />

violência, resgatando as práticas e crenças que elas consideram<br />

positivas e desafiando aquelas que consideram daninhas.<br />

D. O direito à educação<br />

A educação constitui um instrumento poderoso na luta para a<br />

erradicação da exclusão e discriminação, como têm reivindicado<br />

permanentemente os povos indígenas da região. Para o pleno gozo<br />

dos direitos humanos e coletivos, o direito à educação é essencial. Em<br />

termos gerais, embora se constatem avanços significativos nos países<br />

da América Latina a respeito das oportunidades de acesso das crianças<br />

e jovens indígenas ao sistema educativo, persistem as desigualdades<br />

étnicas, geracionais e de gênero. Ademais, as cifras escondem as<br />

iniquidades geográficas e dos diferentes povos em cada país. Em matéria<br />

de indicadores educacionais, as áreas mais desfavorecidas costumam<br />

coincidir com os territórios indígenas.<br />

Ao comparar a informação dos censos das rodadas de 2000<br />

e 2010, observa-se que o progresso no panorama educativo dos povos<br />

indígenas se manifesta, por exemplo, em um aumento significativo<br />

da frequência escolar de todos os grupos etários 5 (veja o gráfico IV.4).<br />

Em particular, as crianças de 6 a 11 anos ingressam atualmente mais<br />

cedo no sistema educacional, permanecem mais tempo e finalizam<br />

mais frequentemente os ciclos escolares; os oito países com dados<br />

disponíveis dos censos realizados em 2010 e 2011 mostram uma<br />

percentagem de frequência entre 82% e 99% (que correspondem<br />

5<br />

O grupo de 6 a 11 anos corresponde aproximadamente à idade oficial para a educação<br />

primária, o de 12 a 17 anos à idade para a educação secundária e o de 18 a 22 anos à<br />

idade para a educação superior ou universitária. Contudo, as percentagens apresentadas<br />

aqui se referem unicamente à frequência em algum estabelecimento educativo sem<br />

identificar o nível.<br />

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