FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia
21 a 26 de novembro de 2004
Universidade Regional de Blumenau/SC
DIETA DE AVES DE SUB-BOSQUE EM REGIÃO DE MATA ATLÂNTICA NO
RIO DE JANEIRO 1
Viviane Alves de Andrade 1 , Rafael Bittencourt Kiffer 2 , Augusto Piratelli 3 e Everton
Faustino Oliveira 4
1. Bióloga, e-mail: vivalves2@yahoo.com.br
2. Estudante de graduação, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,
rafaelbittencourtkiffer@yahoo.com.br
3. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia, Departamento de Biologia
Animal. e-mail: pirateli@ufrrj.br
4. Biólogo, e-mail: everton433@yahoo.com.br
As aves podem ser consideradas excelentes bioindicadoras, já que respondem
rapidamente às alterações no ambiente. Neste trabalho utilizaram-se como
bioindicadores dados de dieta e recursos alimentares explorados pela avifauna na região
serrana do Rio de Janeiro (22º30’S e 43º46’O) com uma área territorial de 287km 2 .
Foram realizadas 27 visitas mensais (de setembro de 2001 a julho de 2004) em dois
pontos distintos, utilizando para isso redes ornitológicas. No total foi obtido um esforço
de captura de 3545 horas-rede. As guildas foram estabelecidas utilizando-se como
método a coleta de fezes, observações no campo e referências bibliográficas. Foram
capturados 562 indivíduos representantes de 69 espécies e 14 famílias, sendo as famílias
Emberezidae e Furnariidae as mais incidentes com 11 espécies capturadas cada uma.
Foram coletadas 221 fezes das quais 63,2% continham somente artrópodes. As guildas
com maior representatividade foram as de insetívoros com 62,8% (n=27), seguidos por
frugívoros com 18.6% (n=8). Dentre os insetívoros 15,9% (n=7) são consumidores de
pequenos artrópodes de folha no sub-bosque e 13,6% (n=6) consumidores de pequenos
artrópodes de chão. Quanto aos frugívoros 6,8% (n=3) são consumidores de frutos no
chão e 4,5% (n=2) frugívoros de borda. Poucas espécies generalistas ou de borda de
mata foram encontradas, o que poderia demonstrar uma boa qualidade ambiental da
mata estudada.
Palavras-chave: guildas tróficas, dieta e bioindicadores.
Apoio: Fazenda Igapira, Programa PIBIC – CNPq/UFRRJ
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