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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

AVALIAÇÃO QUALI-QUANTITATIVA DA AVIFAUNA DO CAMPUS DO<br />

VALE, <strong>UNIVERSIDA<strong>DE</strong></strong> FE<strong>DE</strong>RAL DO RIO GRAN<strong>DE</strong> DO SUL:<br />

AMOSTRAGEM <strong>DE</strong> OUTONO<br />

André Barcellos-Silveira 1 ; Iury Almeida Accordi 1 ; Andreas Kindel 1 e Heinrich<br />

Hasenack 1 ;<br />

1 Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Laboratório de Ecologia de Vertebrados,<br />

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Avenida Bento Gonçalves, 9500, Prédio 43422,<br />

91540-000, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: abarcellos@ecologia.ufrgs.br<br />

Os campi de diferentes universidades tendem a ser locais atrativos para o estudo da<br />

avifauna em ambiente urbano, podendo-se citar diversos trabalhos executados em<br />

diferentes regiões brasileiras. Boa parte destes trabalhos são puramente qualitativos,<br />

sendo escassos estudos sobre abundância de aves urbanas. Este resumo divulga os<br />

resultados preliminares de amostragens quali-quantitativas de avifauna efetuados na<br />

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, campus do Vale (30º05’S e 51º09’W),<br />

municípios de Porto Alegre e Viamão. Procurou-se descrever os padrões avifaunísticos<br />

de ocupação de ambientes na área de estudo, oferecendo subsídios para que futuras<br />

ampliações da malha urbana no campus não comprometam uma parcela significativa da<br />

biodiversidade local. A abundância relativa foi averiguada através de 28 pontos de<br />

contagem (50 m de raio cada), plotados nas intersecções de uma grade com quadrados<br />

de 300 m de lado. As amostragens foram realizadas pelos dois autores, em 19-<br />

21.V.2004 e 27.V-01.VI.2004. Registrava-se toda ave vista ou ouvida no interior do raio<br />

de 50 m, e cada ponto foi amostrado duas vezes (manhã e tarde). Com base na imagem<br />

digitalizada da área e em averiguações in loco, distinguiu-se 5 hábitats principais:<br />

aquático, borda floresta/campo, campestre, florestal e urbanizado. A riqueza total de<br />

aves foi de 84 espécies, das quais 63 espécies foram detectadas durante as contagens<br />

nos pontos e 21 foram registradas apenas nos períodos fora das contagens<br />

(representando táxons de ocorrência irregular ou muito localizada, como Caracara<br />

plancus e Aramus guarauna). O número de espécies por ponto variou de 4 a 19 (média<br />

de 10,04 ± 4,38 SD). Também houve variação pontual na média do número de<br />

indivíduos detectados (9,04 ± 5,06 SD; amplitude 2,5-20,5). Sete espécies dominaram<br />

tanto a freqüência quanto a abundância relativa (Furnarius rufus, Pitangus sulphuratus,<br />

Zonotrichia capensis, Thraupis sayaca, Coereba flaveola e Basileuterus<br />

leucoblepharus), alternando-se na posição em um ou outro parâmetro. A grande<br />

abundância relativa de B. leucoblepharus é relacionada à extensão de hábitat florestal<br />

remanescente na área. Entre as espécies de baixas freqüência e abundância está<br />

Triclaria malachitacea, cuja população no campus parece ser oriunda de escapes ou<br />

solturas.<br />

Palavras chave: aves urbanas, biodiversidade, conservação<br />

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