FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC ANAS BAHAMENSIS: ANILHAMENTO, RECAPTURA, FLUTUAÇÕES POPULACIONAIS E MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS NA BAHIA, BRASIL. Sidnei Sampaio dos Santos e Pedro Cerqueira Lima¹ Cetrel S/A Empresa de Proteção Ambiental¹. pedro@cetrel.com.br As lagoas de lodo na área da Cetrel, que recebem os efluentes tratados do Pólo Petroquímico de Camaçari, Bahia, formam ambientes alagadiços com vegetação herbácea que oferecem, ao longo do ano, recursos de alimentação, abrigo e reprodução para diversas aves de ambientes aquáticos, como Anas bahamensis. O objetivo do presente trabalho é apresentar dados de anilhamento, recaptura, flutuações populacionais e movimentos migratórios de A. bahamensis estudados desde 1992 na área da Cetrel, Camaçari, Bahia. (12 ° 40 S, 38° 10 W). Todos os indivíduos capturados em rede ou armadilhas, foram marcados com anilhas tamanho R ou S fornecidas pelo CEMAVE. Alguns foram marcados também com anéis coloridos metálicos numerados. Foram capturados 1 700 indivíduos, dos quais 150 foram recapturados na Cetrel, um em Salinas da Margarida (12 ° 50’ S, 38° 40’ W) e um em Jequié (13 ° 50’ S, 40 ° 00’ W), todos na Bahia. A recaptura em Salinas ocorreu quatro meses após o anilhamento e em Jequié, dois anos e dois meses depois, sugerindo movimentos no sentido sul e sudoeste. Além disso, as duas recapturas ocorreram em novembro e dezembro, período de verão no Litoral Norte da Bahia. Um indivíduo capturado em dezembro de 1997 na Cetrel foi recapturado em agosto de 2004, no mesmo local. Dados de recapturas com anéis do Cemave e observações de anéis coloridos numerados sugerem que na área da Cetrel há um grupo residente, que pode ser formado de até 500 indivíduos. Em abril, no início das chuvas, a área recebe um contigente de cerca de 3 000 A. bahamensis, além de Dendrocygna viduata (± 1 000), D. autumnalis (± 80), Amazonetta brasiliensis (± 40). Foram observados ainda Netta erythrophthalma (< 5), Oxyura dominica (1) e Dendrocygna bicolor (3). A. bahamensis, junto com A. brasiliensis, D. autumnalis e D. viduata, reproduziram na área, no período das chuvas (abril a setembro). Parte da população de A. bahamensis realizou muda na área da Cetrel durante o período das chuvas. Palavras-chave: Anas bahamensis;anilhamento; migração; Bahia. 362
XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC DIVERSIDADE GENÉTICA E FILOGEOGRAFIA DE POPULAÇÕES DE CONOPOPHAGA LINEATA (PASSERIFORMES: CONOPOPHAGIDAE) EM MINAS GERAIS Eloisa Helena Reis Sari e Fabrício Rodrigues dos Santos Departamento de Biologia Geral – ICB - UFMG - Pós Graduação em Genética eloisagene@yahoo.com.br A variabilidade genética tem um importante papel na persistência de populações e espécies na natureza. Acredita-se que uma baixa variação possa restringir as respostas adaptativas das populações às diferentes pressões seletivas. A perda de variação genética pode estar associada a processos demográficos, como fragmentação e diminuição do tamanho populacional. Marcadores moleculares revelam muitas informações acerca da diversidade genética e grau de subdivisão das populações. Além disso, o uso de marcadores ligados (sem recombinação) permite o estudo da distribuição da diversidade genética nos níveis geográfico e temporal. Estes estudos filogeográficos lidam com a filogenia de linhagens ou haplótipos e sua distribuição geográfica, e podem ser feitos baseados em análises de seqüências de DNA mitocondrial (DNAmt). Conopophaga lineata é uma espécie da Mata Atlântica de hábitos insetívoros e generalistas que utiliza ambientes de borda, ocorrendo em áreas bastante fragmentadas e possibilitando uma amostragem de indivíduos geograficamente ampla. O objetivo deste trabalho foi analisar a diversidade genética de populações de C. lineata de Minas Gerais e determinar a sua filogeografia. Para isto, foram obtidas seqüências de 1070 pb da região controle do DNAmt de 92 indivíduos de sete localidades de Minas Gerais. As análises de estruturação hierárquica da variabilidade genética (AMOVA) e diversidade gênica foram realizadas com os programas ARLEQUIN e MEGA. Para o estudo filogeográfico foi construída uma rede de haplótipos utilizando o algoritmo medianjoining através do programa NETWORK. Foram encontrados 51 sítios polimórficos e 40 haplótipos. Dentro das localidades, a diversidade nucleotídica variou entre 0,0012 e 0,0052 e a haplotípica entre 0,6 e 1. Na rede haplotípica, observou-se a existência de dois agrupamentos, sugerindo uma separação entre as populações de C. lineata do sudeste e do nordeste de Minas Gerais. Quando realizada a AMOVA, encontrou-se uma estruturação geográfica significativa entre as amostras das duas regiões, já que a maior parte da variação foi devido à diferença entre grupos e não entre indivíduos ou populações dentro dos grupos. Este padrão filogeográfico foi descrito também por nosso grupo para uma espécie de Thamnophilidae. Palavras-chave: filogeografia, diversidade genética, Passeriformes. Órgãos financiadores: CAPES, CNPq, PELD. 363
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