FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC ÁREA DE VIDA, DENSIDADE DE NINHOS E PREFERÊNCIA DE HÁBITAT DO JOÃO-DE-PAU (PHACELLODOMUS RUFIFRONS) EM CERRADO DO DISTRITO FEDERAL 1 Luane Reis dos Santos e Miguel Ângelo Marini Departamento de Zoologia, IB, Universidade de Brasília (UnB), 70.910-900 Brasília, DF E-mail: luane@unb.br; marini@unb.br O João-de-pau (Phacellodomus rufifrons) é uma ave Neotropical da família Furnariidae, largamente distribuído sobre a maioria das partes áridas e abertas da América do Sul, dentre elas o Cerrado. É um pássaro sociável geralmente visto em bandos que raramente excedem sete ou oito indivíduos. No entanto, é conhecido principalmente por causa do seu ninho, que chama muita atenção pela estrutura peculiar. O ninho é um grande agregado de gravetos que na maioria das vezes, está situado na extremidade de um galho em árvores isoladas. O ninho é utilizado não só na época reprodutiva, mas também durante todo o ano como dormitório. Este trabalho teve como objetivos: determinar o tamanho das áreas de vida, avaliar se ocorre preferência por algum tipo de hábitat, e estimar a densidade de ninhos ativos em uma área de 100 ha. O estudo foi realizado entre julho de 2003 e agosto de 2004, na Estação Ecológica de Águas Emendadas (ESECAE), Distrito Federal, que possui 10.500 ha. Utilizou-se uma área de 100 ha que possui as seguintes fitofisionomias: campo limpo, campo sujo, parque cerrado, cerrado ralo, cerrado típico e cerrado denso. Todos os ninhos de Phacellodomus rufifrons encontrados foram mapeados e verificou-se quais estavam ativos. Seis bandos foram observados e tiveram suas áreas de vida demarcadas. Quatro dos seis bandos observados, tiveram suas áreas de vida observadas até que não ocorresse aumento do seu tamanho. O tamanho das áreas de vida foi de 3,1 ± 0,65 (n = 4) (mínimo de 2,5 ha e máximo de 4 ha). Todas as áreas de vida demarcadas localizaram-se em áreas de cerrado típico e cerrado denso. Foram encontrados na área 51 ninhos, dos quais 19 ninhos estavam ativos no período estudado na área de 100 ha. Apesar da densidade total de ninhos ser de 0,98/ha, considerando-se apenas a área de vegetação de cerrado (51,74 ha) obtem-se uma densidade de 1 ninho ativo a cada 3 ha de cerrado. Os valores de densidade de ninhos associados aos de tamanho de áreas de vida indicam uma densidade aproximada de 33,3 bandos a cada 100 ha. Considerandose um tamanho médio de bandos de 5 individuos, estima-se que a densidade do graveteiro em vegetação de cerrado seja de166,5 indivíduos a cada 100 ha. Palavras-chave: área de vida, densidade populacional, cerrado.Órgão Financiador: CNPq (LRS com bolsa Cnpq-IC e MÂM com bolsa PQ) 360
XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC COMPOSIÇÃO, ESTRUTURA E CONSERVAÇÃO DA AVIFAUNA DO DISTRITO DO BUGRE, BALSA NOVA, PARANÁ, BRASIL. Raphael Eduardo F. Santos¹, Eduardo W. Patrial² e Eduardo Carrano ³ Museu de História Natural “Capão da Imbuia”, Curitiba, PR - estagiários do Setor de Aves; Acadêmicos do Curso de Biologia, PUC-PR. 1. santosraphael@yahoo.com.br; 2. edupatrial@hotmail.com; 3. Pontifícia Universidade Católica do Paraná. e.carrano@pucpr.br A Floresta Ombrófila Mista vem sendo alterada e suprimida a décadas, restando atualmente, poucas áreas representativas no Estado do Paraná. A região onde o presente trabalho foi realizado situa-se na transição do primeiro para o segundo planalto paranaense, na APA da Escarpa Devoniana, onde o Município de Balsa Nova abriga um significativo remanescente desta fitofisionomia (700 ha). A área de estudo envolve o Distrito do Bugre, sendo os esforços amostrais concentrados na chácara Payquerê (25º29’520”S; 49º39’243”W). Com o objetivo de qualificar a avifauna, foram realizadas 18 amostragens entre novembro de 2002 e setembro de 2004, com dois dias de duração, totalizando 432 horas de observação em campo. Foram empregados os métodos tradicionais em estudos ornitológicos: contatos visuais, auditivos e capturas em redesde-neblina. Foram registradas 217 espécies pertencentes a 43 famílias e 17 ordens, representando 30% do total de aves ocorrentes no Estado do Paraná. Elementos típicos do bioma foram constatados, entre eles, 11 ameaçados de extinção em nível global: Clibanornis dendrocolaptoides, Tangara peruviana, Leucopternis polionota, Picumnus nebulosus, Piculus aurulentus, Scytalopus indigoticus, Leptastenura setaria, Phylloscartes eximius, Procnias nudicollis, Cyanocorax caeruleus e Euphonia chalybea. Espécies ameaçadas regionalmente, como Leucopternis polionota, Spizaetus tyrannus, Caprimulgus longirostris e Asio flammeus, juntamente com Geranoaetus melanoleucus, Pulsatrix koeniswaldiana, Macropsalis creagra, Grallaria varia, Hylopezus nattereri e Tangara desmaresti indicam que o local, mesmo que alterado, encontra-se, relativamente, em bom estado de conservação. Palavras-chave: avifauna, composição e conservação. 361
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