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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

NOTAS SOBRE STERNA HIRUNDO HIRUNDO E THALASSEUS<br />

SANDVISENSIS EURYGNATHUS NO LITORAL NORTE <strong>DE</strong> PERNAMBUCO.<br />

Carmem Elisa Fedrizzi<br />

Pós-graduação em Oceanografia Biológica, Fundação Universidade Federal de Rio Grande,<br />

cefedrizzi@uol.com.br<br />

Sterna h. hirundo reproduz-se da América do Norte até as ilhas da Venezuela e leste<br />

Atlântico e sua área de invernada no Atlântico oeste se estende até ao norte da<br />

Argentina. Já Thalasseus sandvicensis eurygnathus reproduz-se localmente no Caribe,<br />

Venezuela, Guiana Francesa, Brasil e Argentina, distribuindo-se ao longo da costa<br />

atlântica oeste, das ilhas de Porto Rico à Argentina. As movimentações de ambos na<br />

costa oeste do Atlântico sul são pouco claras. Aqui são apresentados dados obtidos<br />

durante censos mensais, com repetição de três dias, c.144hs de campo, entre<br />

outubro/2002 e setembro/2003, na Coroa do Avião (07°40’S, 34°50’W), uma pequena<br />

ilha (c.2ha durante a preamar, amplitude de 2,4m) do litoral norte de PE. S. h. hirundo<br />

foi registrado com freqüência de ocorrência de 55,5%, apresentou picos populacionais<br />

em maio (63 ind.) e outubro (32), os quais estão relacionados ao momento da migração<br />

para os sítios reprodutivos e retorno destes, respectivamente. Indivíduos em plumagem<br />

reprodutiva foram observados em maio e julho. Não foram registradas apenas em<br />

dezembro, fevereiro e março. Foi observado antagonismo interespecífico com Sterna<br />

superciliaris, Arenaria interpres e Numenius phaeopus hudsonicus. T. s. eurygnatus foi<br />

registrado com freqüência de ocorrência de 50%, em maio e de julho a novembro, com<br />

picos de abundância em outubro e agosto (c.80 ind.). Em agosto foram registrados<br />

juvenis (máx. de 13; distintos pelo forte padrão de manchas negras nas porções<br />

superiores) e adultos em plumagem reprodutiva, porém predominando a nãoreprodutiva.<br />

Os registros de jovens no local em relação aos registros reprodutivos no<br />

Brasil demonstram, pela época em que ocorreram, a dispersão dos indivíduos rumo ao<br />

nordeste. Foi observado o cuidado parental: adultos repassando peixes aos jovens.<br />

Ambos os táxons deitavam-se sobre a areia, formando bandos mistos com batuíras e<br />

maçaricos (Charadriidae e Scolopacidae). Banhavam-se freqüentemente nas águas rasas<br />

após a linha de maré e passavam grande parte do tempo na manutenção de suas penas<br />

ou pescando nas águas rasas adjacentes. No mês de maio foi registrada a perseguição de<br />

um bando de S. h. hirundo e T. s. eurygnathus por Stercorarius pomarinus, sem<br />

evidências de cleptoparasitismo.<br />

Palavras chave: Sterna h. hirundo, Thalasseus sandvicensis eurygnathus, Pernambuco.<br />

Apoio CAPES.<br />

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