FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia
21 a 26 de novembro de 2004
Universidade Regional de Blumenau/SC
A UTILIZAÇÃO DE NINHOS ARTIFICIAIS POR AMAZONA BRASILIENSIS
EM SÍTIOS REPRODUTIVOS NA REGIÃO DA ILHA RASA,
GUARAQUEÇABA – PARANÁ.
Bóçon, R.; Sipinski, E. A. B.; Rivera, de R. e Kawai, A.
SPVS – Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Ed. Ambiental, Curitiba, PR, 80420-
030papagaio@spvs.org.br..
O Brasil figura entre os países detentores das florestas tropicais que abrigam a maior
biodiversidade já encontrada a nível global. Dentre estas destaca-se a Floresta Atlântica
a qual vem sofrendo intensas pressões fragmentando e reduzindo a sua área de cobertura
original. Devido as intensas pressões que vem sofrendo, grande parte da cobertura
florestal original, esta encontra-se descaracterizada e sob crescente ameaça. Atualmente
é considerada como um dos principais “Hot spots” mundiais. Das diversas espécies de
aves endêmicas deste bioma, destaca-se o papagaio-de-cara-roxa (Amazona
brasiliensis), o qual é tido globalmente como ameaçado de extinção. Assim como a
grande maioria dos psitacídeos, esta espécie nidifica preferencialmente em cavidades
naturais em árvores vivas e mortas. A oferta de cavidades para a nidificação é apontada
como um dos fatores limitantes na reprodução e sobrevivência deste grupo. A instalação
de ninhos artificiais tem sido utilizada como uma alternativa de manejo viável para
contribuir para manutenção das populações de psitacídeos na natureza. O objetivo deste
trabalho foi de avaliar a utilização de ninhos artificiais por Amazona brasiliensis, na
região da ilha Rasa, município de Guaraqueçaba, Paraná, região considerada como um
dos principais sítios de reprodução da espécie. Na estação reprodutiva de 2003/04,
foram confeccionadas 15 caixas de madeira com medidas médias de 79cm de altura,
48cm de profundidade, 15X16cm de diâmetro de abertura e 20X16 de dimensões
internas. As caixas ninho foram instaladas preferencialmente em locais onde ocorreu a
perda ou danificação de cavidades originais utilizadas para a nidificação da espécie.
Constatou-se atividade em 13 caixas ninho, sendo que 3 foram apenas exploradas. Das
caixas que obtiveram postura, obteve-se sucesso em 6, com um total de 9 filhotes. O
índice de atividade bem como de sucesso obtido foi considerado elevado comparandose
com experimentos desenvolvidos com outras espécies de psitacídeos. A instalação de
caixas ninhos nos sítios reprodutivos de Amazona brasiliensis pode ser considerada
como uma estratégia viável para a reposição de cavidades perdidas e danificadas e pode
contribuir no incremento do sucesso reprodutivo desta espécie.
Palavras chave: Amazona brasiliensis; nidificação; ninhos artificiais.
Financiador: Fundo Nacional do Meio Ambiente. (FNMA.
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