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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

<strong>DE</strong>SCARACTERIZAÇÃO DOS CAMPOS NATURAIS NO ESTADO DO<br />

PARANÁ E SUAS IMPLICAÇÕES NA CONSERVAÇÃO DA AVIFAUNA.<br />

Eduardo Carrano ¹ ³, Pedro Scherer-Neto ² e Cassiano Fadel Ribas ³<br />

¹ Professor do Curso de Biologia - PUCPR. e.carrano@pucpr.br<br />

² Museu de História Natural Capão da Imbuia, Curitiba, Paraná. schererneto@bbs2.sul.com.br<br />

³ Bio Situ Projetos e Estudos Ambientais Ltda. cassiano@biositu.com.br<br />

Originalmente, os campos naturais no Estado do Paraná ocupavam uma área<br />

aproximada de 28.650 km², localizados nos três planaltos paranaenses (MAACK, 1968),<br />

diferindo em características geográficas, altitudinais, geomorfológicas, florísticas e<br />

faunísticas; além das alterações antrópicas sofridas em cada região. Apesar do Estado<br />

do Paraná possuir algumas Unidades de Conservação que contemplem áreas de campos<br />

naturais, como os Parques Estaduais de Vila Velha (3.122 ha), Guartelá (798 ha) e<br />

Palmas (180 ha); além da APA da Escarpa Devoniana (392.363 ha), estas encontram-se<br />

em diferentes estados de conservação, principalmente em seu entorno, o qual foi<br />

descaracterizado por extensas áreas agrícolas, pastagens para gado, plantios de Pinus<br />

spp. e queimadas que regularmente atingem também as UC’s. Entre os anos de 1994 e<br />

2004, foram realizadas 42 expedições, divididas em cinco macro-regiões, no segundo:<br />

1. municípios de Ponta Grossa, Palmeira e Castro (10 amostragens e 294 horas de<br />

observação); 2. Castro, Piraí do Sul, Tibagi e Ventania (7 amostragens e 198 h); 3.<br />

Jaguariaíva, Sengés e Arapoti (14 amostragens e 418 h) e terceiro planalto paranaense:<br />

4. Guarapuava, Pinhão, Candói e Cantagalo (8 amostragens e 320 h) e 5. Palmas e<br />

Clevelândia (3 amostragens e 100 h). Durante os levantamentos foram utilizadas as<br />

técnicas tradicionais de pesquisa ornitológica, contato direto (visual e auditivo) e<br />

captura em rede-de-neblina. Considerando-se as cinco macro-regiões, foram registradas<br />

145 espécies, sendo encontradas diferenças na riqueza específica (com espécies<br />

exclusivas para cada macro-região) e nas relações com fisionomias campestres distintas.<br />

Do total registrado, oito espécies são ameaçadas de extinção a nível nacional (MMA,<br />

2003): Harpyhaliaetus coronatus (1,2,3,5), Scytalopus iraiensis (1,2), Culicivora<br />

caudacuta (1,2,3), Alectrurus tricolor (1,2), Anthus nattereri (1,2,4,5) Sporophila<br />

palustris (3), S. cinnamomea (2,3) e S. melanogaster (1,2,3). Verificou-se um<br />

decréscimo na freqüência de ocorrência e na abundância de algumas espécies, nas<br />

diferentes macro-regiões: (1,2,3) Phacellodomus striaticollis, Gubernetes yetapa,<br />

Cistothorus platensis, Sporophila plumbea, S. bouvreuil pileata e S. hypoxantha,<br />

descaracterização da vegetação natural e invasão de espécies exóticas; na macro-região<br />

3, Buteo albicaudatus e Asio flammeus possivelmente relacionado à substituição das<br />

áreas naturais de forrageio (caça), por áreas agrícolas e a contaminação de suas presas<br />

com pesticidas. A criação de barreiras artificiais com Pinus spp. dificultando e/ou<br />

impossibilitando o fluxo de indivíduos entre diferentes populações e a intensa captura<br />

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